Finanças Pessoais

Reserva de emergência: O que é, sua importância e como montar a sua?

26 nov 2021, 8:00 - atualizado em 10 jan 2022, 17:02

O primeiro passo para começar a investir também é uma tarefa importante para o planejamento financeiro pessoal e familiar: construir uma reserva de emergência. 

A reserva de emergência, ou colchão financeiro, é uma estratégia que garante a segurança para todas as pessoas, sejam investidoras ou não. 

Quer entender mais como ela funciona e como construir a sua? Acompanhe esta matéria no Money Times

O que é reserva de emergência?

A reserva de emergência é um montante de dinheiro que deve ser aplicado pensando em situações financeiras imprevistas. Qualquer pessoa deve pensar em como aplicar essa reserva, de forma que ela esteja sempre disponível, para o caso de alguma emergência pessoal. 

Dentre as possíveis emergências que podem acontecer ao longo da vida financeira de uma pessoa, estão: a perda de um emprego ou fonte de renda; acidente de carro; falecimento repentino de alguém na família; ou ainda queda na situação econômica do país, e consequente queda no poder de compra dos familiares. 

Nesses casos, é fundamental ter uma quantia de dinheiro separada para ser usada imediatamente, sanando a necessidade financeira sem necessidade de endividamento. 

Por que devo ter uma reserva emergencial?

A reserva é o primeiro passo do planejamento financeiro de qualquer pessoa, e na construção da carteira de futuros investidores. Ter essa reserva, ou colchão financeiro, garante uma segurança maior na vida de qualquer pessoa, que pode passar a se organizar sustentado por essa garantia. 

Assim, com esse montante de capital guardado, é possível ganhar mais tempo para se recuperar financeiramente após a perda de uma fonte de renda ou o surgimento de mais um gasto inesperado. No fim, trata-se de construir uma relação mais saudável com o próprio dinheiro e finanças pessoais. 

Como calcular o valor ideal para minha reserva de emergência?

O valor ideal da reserva de emergência varia de acordo com a estabilidade financeira de cada um. Ou seja, uma pessoa que é profissional autônoma deve ter uma reserva relativamente maior do que aquela que possui carteira assinada, que por sua vez deve construir um colchão maior do que um funcionário público, proporcionalmente falando. 

Nesse sentido, quanto maior a estabilidade financeira, menor a reserva precisa ser calculada, em relação aos gastos pessoais do mês. De modo geral, a reserva varia entre 6 a 12 meses de gastos pessoais.  

Depois de definir quantos meses serão acumulados na reserva, é importante definir os gastos mensais individuais. O valor do colchão será proporcional ao quanto a pessoa gasta fixamente todos os meses (como aluguel, energia, cartões, etc.). Ou seja:

  • Gasta R$ 1.000 por mês → reserva de emergência: de R$ 6.000 a R$ 12.000
  • Gasta R$ 5.000 por mês → reserva de emergência: de R$ 30.000 a R$ 60.000
  • Gasta R$ 10.000 por mês → reserva de emergência: de R$ 60.000 a R$ 120.000

Como encaixar minha reserva de emergência em um planejamento financeiro?

Montar uma reserva de pelo menos 6 meses de gastos não é uma tarefa fácil. Por ser um percentual considerável da renda mensal, é importante juntar esse montante ao longo de um tempo.

Por esse motivo, também é importante criar uma boa organização financeira, descrevendo as fontes de receita e os gastos mensais para saber quanto de dinheiro sobra a cada mês. Evitar o endividamento é outra questão neste momento, já que é mais difícil correr riscos sem um colchão de proteção da renda. 

Com organização financeira e disciplina de gastos, é possível juntar um pouco de dinheiro ao longo dos meses e, com o tempo, acumular o necessário para construir uma reserva de emergência. 

Onde devo investir minha reserva de emergência?

Os investimentos das reservas de emergência devem priorizar a segurança do valor colocado nele e a liquidez, isto é, a possibilidade de transformar o capital investido em dinheiro novamente. 

O principal objetivo é que o dinheiro esteja disponível assim que o investidor precisar dele, e além disso, ele fique protegido da volatilidade do mercado. Por isso, não é o intuito da reserva trazer altas rentabilidades, mas ser segura e ter alta liquidez. 

Dentre as possibilidades de aplicação disponíveis no mercado, estão:

  • Tesouro Selic: um dos títulos disponíveis no Tesouro Direto, com um rendimento linear, que não sofre com as oscilações do mercado;
  • Fundos de Investimento: fundos com prazos curtos de resgate (D+0 e D+1), que possuem uma cesta de ativos de renda fixa;
  • Títulos de Crédito Privado: títulos emitidos por bancos que remuneram diariamente o investidor com uma porcentagem do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

6 dicas para montar sua reserva de emergência

Para tomar o primeiro passo no caminho de montar seu colchão, é válido ter algumas dicas em mente: 

  • Tenha paciência: você não precisa acumular a sua reserva do dia para a noite, não desista do seu processo;
  • Organize suas receitas e despesas, sempre: essa prática não serve apenas para montar uma reserva, mas continue fazendo isso para o resto da sua vida e será mais fácil traçar seus objetivos; 
  • Não perca o controle das suas contas;
  • Tenha claro seus objetivos: estude qual a melhor aplicação para colocar a sua reserva antes de tomar qualquer decisão;
  • Atenção com o endividamento: reflita sobre de onde ele eventualmente vem e procure gastar sempre dentro do seu orçamento;
  • Use ferramentas de investimentos: simuladores e aplicativos podem ser bons aliados nesses momentos.

Repórter
Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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