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Restoque voltará rapidamente ao normal com recuperação extrajudicial, dizem advogados

08 jun 2020, 10:29 - atualizado em 08 jun 2020, 12:21
Sem descer do salto: Restoque conta com o apoio dos credores para sair da crise (Imagem: Divulgação/Le Lis Blanc)

A Restoque (LLIS3) tem condições de retornar rapidamente à normalidade, amparada pelo pedido de recuperação extrajudicial e pelo apoio dos credores. A afirmação é dos advogados que representam a empresa, e consta no pedido de homologação da recuperação, apresentado à 2ª Vara de Falências de São Paulo.

Na homologação, o escritório E.Munhoz Advogados, que representa a Restoque, lembra que a empresa 255 lojas próprias, além de distribuir seus produtos por meio de 31 outlets e 1.500 lojas multimarcas. A empresa afirma contar com 550 mil clientes ativos e deter 5% de participação no varejo de vestuário.

“Com todos esses ativos tangíveis e intangíveis, uma vez retomadas as operações de comércio, a Restoque poderá rapidamente voltar a operar um modelo de negócio saudável no longo prazo”, afirmam os advogados, na petição.

Acordo

Dona das marcas Le Lis Blanc, Dudalina e Rosa Chá, a Restoque anunciou a recuperação extrajudicial na última sexta-feira (5). Também informou que fechou um acordo de recuperação extrajudicial com bancos e outras instituições do setor financeiro.

No fato relevante em que comunicou sua decisão, a companhia culpa o “notório impacto dos efeitos da pandemia de Covid-19 (…) sobre toda a economia, em especial sobre o setor de varejo”.

O plano envolve a renegociação de R$ 1,436 bilhão em dívidas, o que representa três quintos do que a companhia deve a instituições financeiras, segundo os documentos que divulgou. De longe, a Planner Trustee é a maior credora listada, com pouco mais de R$ 1 bilhão a reaver, referentes a debêntures das 7ª, 8ª, 9ª, 10ª e 11ª emissões.

A reação do mercado foi imediata. O papel fechou o pregão com um tombo de 10,23%, cotado a R$ 7,90.

(Errata: ao contrário do que informamos, a Restoque encontra-se em recuperação extrajudicial, e não em recuperação judicial)

Veja o pedido protocolado pelos advogados da Restoque.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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