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Resultados da Hypera provam que setor farmacêutico é resistente ao coronavírus

27 jul 2020, 13:13 - atualizado em 27 jul 2020, 13:13
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A Hypera encerrou o trimestre com aumento de 17,6% do lucro líquido, enquanto o Ebitda passou de R$ 282,8 milhões para R$ 449,2 milhões, representando um avanço de 58,9% (Imagem: YouTube/Hypera Pharma)

Os resultados do segundo trimestre de 2020 da Hypera (HYPE3) comprovam a resiliência da empresa mesmo diante de um período difícil como a pandemia de covid-19. Apesar de alguns impactos causados pelo coronavírus, o BB Investimentos defende sua visão positiva sobre a companhia.

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“Vemos a Hypera como uma das companhias mais bem posicionadas do setor para atravessar a turbulência ora vivenciada, haja vista a resiliência do varejo farmacêutico nesta e em crises anteriores”, diz a analista Georgia Jorge, que reitera a compra da ação, com preço-alvo para o fim do ano de R$ 41.

A Hypera encerrou o trimestre com aumento de 17,6% do lucro líquido, enquanto o Ebitda passou de R$ 282,8 milhões para R$ 449,2 milhões, representando um avanço de 58,9%. De acordo com a companhia, a alta dos números veio pelo recuo das despesas de marketing, que atingiram R$ 187,2 milhões no período.

A Ágora Investimentos, que projetava números menores para o balanço, destaca que a Hypera “demonstrou que tinha a estratégia certa até no momento de reduzir despesas para manter as margens”. No entanto, a recomendação dos analistas Fred Mendes e Flávia Meireles é neutra, com preço-alvo de R$ 38.

“Continuamos a procurar sinais de crescimento contínuo nas vendas e observamos que pode haver uma dificuldade maior em lidar com a necessidade de investimento em marketing para não perder participação de mercado, ainda enfrentando pressão do dólar sobre os APIs (insumos farmacêuticos ativos) nos próximos meses”, explicam.

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A tese do Safra permanece inalterada. Para Guilherme Assis e Felipe Reboredo, o principal fator para os preços das ações não é o balanço, mas a revisão das projeções financeiras pela administração.

“Após um crescimento modesto no primeiro trimestre, considerando o cenário macro mais desafiador, a administração revisou as diretrizes de 2020 para R$ 4 bilhões (excluindo Buscopan e Takeda), passando de R$ 4,25
bilhões a R$ 4,35 bilhões anteriormente”, comenta a dupla de analistas. “De fato, acreditamos que a revisão do guidance para baixo pode pesar no preço das ações no curto prazo”.

Mesmo com as pressões no curto prazo, o Safra ainda espera que a farmacêutica acelere o crescimento orgânico no segundo semestre, justamente com a incorporação dos ativos recentemente adquiridos. Dessa forma, Assis e Reboredo mantêm a recomendação de compra e o preço-alvo de R$ 45.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.