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Ricardo Baraçal: Machine Learning é para seu negócio? Para câmbio, sem dúvida!

13 jan 2021, 15:07 - atualizado em 13 jan 2021, 15:07
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O machine learning consiste no processamento de informações que tomam como base o comportamento humano para a resolução de problemas (Imagem: Pixabay/geralt)

Algumas tecnologias começam a integrar nossas vidas de maneira tão discreta que por muitas vezes nem percebemos. Uma destas novidades é o machine learning, que tem em sua tradução o aprendizado ou aprendizagem de máquina. Trata-se de um recurso ligado à inteligência artificial (IA) e, por isso, está ganhando muita visibilidade no mercado, sendo utilizado em pequenas, médias e grandes companhias de diferentes setores.

O machine learning consiste no processamento de informações que tomam como base o comportamento humano para a resolução de problemas. Quanto mais executamos uma tarefa, mais a aperfeiçoamos, geralmente fruto da nossa capacidade de aprender. A repetição frequente funciona como um treinamento para nós.

Da mesma forma, dados disponíveis publicamente ou registrados em plataformas são a base do “treinamento” dos diversos algoritmos de inteligência artificial. A partir dessa funcionalidade o aprendizado de máquina passa a fazer sentido e podemos estabelecer uma definição concreta: trata-se de um sistema que pode modificar comportamentos de forma automática com base na sua própria experiência, com mínima intervenção humana.

Esta modificação comportamental consiste no estabelecimento de regras lógicas, com o objetivo de melhorar o desempenho de uma tarefa e assim tomar a decisão mais apropriada. Essas regras são originadas tomando como referência os padrões reconhecidos nos dados analisados.

Por exemplo, uma pessoa vai a um site de busca e procura pela palavra ‘terra’. É necessário analisar diversas dimensões para decidir quais resultados exibir – se o equivalente ao planeta ou ao insumo para a agricultura, afinal, ambos são possíveis. Entre muitas das dimensões disponíveis está o histórico de pesquisa da pessoa: se algum tempo antes houve uma busca por planetas, esta será a exibição mais provável.

Assim, podemos estabelecer que o machine learning é uma parte relevante da inteligência artificial, mas não o seu conceito em si. Quando pensamos no câmbio, um mundo de possibilidades se abre. Afinal de contas, quando desenhamos a experiência de compra de câmbio, este recurso pode definir qual produto oferecer ao cliente, que é cada vez mais digital.

As opções para a compra e venda de moedas estrangeiras hoje são diversas. Existem diferentes opções de canais: digital, presencial ou misto. Em relação a formatos, pode ser papel moeda, remessas ou cartões pré-pagos. A depender da quantidade de buscas e interesse de cada potencial cliente, é possível entender quais os reais interesses de cada um dos clientes (preço, agilidade, segurança). Deste modo, é possível ajustar os algoritmos para maximizar a experiência, sugerindo o melhor caminho ao próprio cliente.

Sempre que imaginar alguma iniciativa de inteligência artificial, saiba que está no machine learning o núcleo que pode fazer a diferença na dinâmica das novas tecnologias, a alteração dos padrões de comportamento. A grande vantagem é que hoje o acesso a este tipo de tecnologia está bastante democratizado e acessível tanto a grandes conglomerados quanto às fintechs mais recentes.

Este será o caminho para o crescimento de diversos setores e uma aposta muito forte na retomada do mercado financeiro, especialmente o câmbio e todos os segmentos agregados, como o turismo e comércio exterior. Bem vindos ao futuro.

Ricardo Baraçal é sócio diretor da Frente Corretora de Câmbio. Formado em Administração de Empresas, ingressou no mercado financeiro em 2004, quando foi para o Citibank, após passar pelo programa de Trainee na AMBEV. Em 2010, assumiu a área de expansão e novos negócios da XP Investimentos com a missão de transformar novos profissionais do sistema financeiro em agentes autônomos. Passou pela Guide Investimentos e, algum tempo depois ingressou na Otimize Câmbio. Na transição do mercado de investimentos para o mercado de câmbio, apostou, em parceria com os sócios da Frente Corretora, no desenvolvimento de soluções tecnológicas aplicadas a um segmento de mercado concentrado em poucos players.
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Ricardo Baraçal é sócio diretor da Frente Corretora de Câmbio. Formado em Administração de Empresas, ingressou no mercado financeiro em 2004, quando foi para o Citibank, após passar pelo programa de Trainee na AMBEV. Em 2010, assumiu a área de expansão e novos negócios da XP Investimentos com a missão de transformar novos profissionais do sistema financeiro em agentes autônomos. Passou pela Guide Investimentos e, algum tempo depois ingressou na Otimize Câmbio. Na transição do mercado de investimentos para o mercado de câmbio, apostou, em parceria com os sócios da Frente Corretora, no desenvolvimento de soluções tecnológicas aplicadas a um segmento de mercado concentrado em poucos players.
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