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Rússia bloqueia Facebook (FBOK34) e acusa rede social de restringir acesso à mídia local

04 mar 2022, 16:38 - atualizado em 04 mar 2022, 16:38
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Segundo o órgão, tais restrições violam os princípios-chave da liberdade de informação e o acesso desimpedido dos usuários de internet russos à mídia local (Imagem: Reuters/Dado Ruvic/Illustration)

A Rússia bloqueou o Facebook (FB), disse o órgão regulador de comunicações do país nesta sexta-feira, em resposta ao que classificou como restrições ao acesso à mídia russa na plataforma.

O Roskomnadzor, regulador do setor no país, disse que houve 26 casos de discriminação contra a mídia russa pelo Facebook desde outubro de 2020, com restrição de acesso a veículos apoiados pelo Estado como RT e a agência de notícias RIA.

A Meta Platforms, proprietária do Facebook, não comentou imediatamente.

A Meta disse mais cedo nesta semana que restringiu o acesso às mídias russas RT e Sputnik em toda a União Europeia e estava rebaixando globalmente o conteúdo das páginas do Facebook e contas do Instagram de veículos controlados pelo Estado russo, assim como postagens com links para essas mídias no Facebook.

Na semana passada, Moscou anunciou uma limitação parcial ao Facebook, uma medida que a empresa disse ter ocorrido depois que recusou um pedido do governo para interromper a verificação independente do conteúdo de vários meios de comunicação estatais russos.

No sábado, o Twitter também disse que seu serviço estava sendo restrito para alguns usuários russos.

Grandes empresas de tecnologia e mídia social enfrentaram pressão para responder à invasão da Ucrânia pela Rússia na semana passada, em uma ofensiva que levou a sanções econômicas contra Moscou por governos de todo o mundo. A Rússia classifica suas ações na Ucrânia de “operação especial”.

O Roskomnadzor disse que a Meta restringiu o acesso às contas de agências de notícias apoiadas pelo Estado nos últimos dias, listando RT, Sputnik, a agência de notícias RIA, a TV Zvezda do Ministério da Defesa, e os sites gazeta.ru e lenta.ru.

Segundo o órgão, tais restrições violam os princípios-chave da liberdade de informação e o acesso desimpedido dos usuários de internet russos à mídia local.