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Rússia: Comitê de Energia diz que aceitará bitcoin (BTC) para petróleo e gás

25 mar 2022, 8:48 - atualizado em 25 mar 2022, 8:48
Bitcoin BTC
(Imagem: Pexels/Alesia Kozik)

O presidente do Comitê de Energia da Rússia, Pavel Zavalny, disse durante uma conferência de imprensa que o país poderá aceitar bitcoin (BTC) para suas exportações energéticas.

De acordo com o Decrypt, Zavalny disse que o Ocidente deverá pagar pelo petróleo com rublos (RUB) ou ouro (XAU), enquanto países aliados ou neutros, como China e Turquia, podem fazer o pagamento em rublos, ou em suas moedas nacionais.

Na sequência, Zavalny acrescentou: “Você também pode pagar em bitcoins”.

As recentes sanções dos Estados Unidos, Japão e países da Europa à Rússia atingiram a economia do governo de Vladimir Putin. O rublo chegou a valer menos de um centavo de dólar, embora já tenha recuperado parte de seu valor.

Em meio às sanções econômicas, as exportações de petróleo e gás natural representaram “a luz no fim do túnel” para a Rússia. O país exporta quase 10% de todo o petróleo do mundo, e cerca de 40% do gás natural que abastece a Europa é russo.

A hesitação de alguns países de se desvincularem totalmente do abastecimento russo deu a Putin a confiança para exigir que países que não fossem a favor da Rússia pagassem pela commodity em rublo, a fim de recuperar a economia do país.

Rússia, bitcoin e sanções econômicas

A fala de Zavalny na conferência de imprensa deu um rumo inesperado ao pagamento de commodities russas. Embora o presidente do Comitê tenha dito que o país poderá aceitar bitcoin, não está claro se a oferta se estende a países da coalizão de sanções ou somente para a China e Turquia.

De qualquer forma, esse é um assunto para ficar de olho. O CEO da BlackRock, Larry Fink, escreveu em uma carta a investidores que a guerra na Ucrânia fará os países “reavaliarem suas dependências de moedas” e considerar alternativas digitais.

Segundo o Decrypt, esse cenário não favorece o bitcoin, pois a criptomoeda foi considerada um meio de ajudar a Rússia a evadir sanções econômicas.

Apesar disso, neste mês, o cofundador da empresa de análise de blockchain Chainalysis, Jonathan Levin, disse ao Congresso dos Estados Unidos que não havia visto evidências de que a Rússia ou Putin estavam usando criptomoedas de modo sistêmico para driblar as sanções.

Já o vice-diretor da Rede de Combate a Crimes Financeiros (FinCEN), dos EUA, afirmou que “não é possível mudar ‘da noite para o dia’ e comandar uma economia do G-20 com criptomoedas”.

No entanto, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, acredita que o cenário é o inverso. No início desta semana, Lagarde disse que empresas e pessoas da Rússia estão recorrendo às criptomoedas para driblar as sanções econômicas.

A possibilidade de usar criptomoedas para evadir sanções aparenta ter ficado maior, após o Banco Central da Rússia ter aprovado a emissão de ativos digitais pelo maior banco do país, o Sberbank, na semana passada.

Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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