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Sabesp (SBSP3) busca por mais de um acionista de referência em privatização

01 ago 2023, 8:49 - atualizado em 01 ago 2023, 8:50
Privatização, Sabesp
Cdped discutiu as principais diretrizes do modelo para desestatização da Sabesp. (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta segunda-feira (1) que o governo estadual seguirá com o processo de privatização da Sabesp (SBSP3) por meio de um modelo escolhido que envolverá uma oferta pública de ações da empresa.

Rafael Benini, secretário de Parcerias em Investimentos do Executivo estadual, acrescentou que haverá uma “trava” na participação, ainda a ser aprofundada nos estudos, e que a procura da Sabesp é por mais de um acionista de referência.

“São investidores de referência. A gente não está buscando só um investidor, mas um conjunto de investidores de referência, que não necessariamente precisam ser operadores, mas que tenham foco no longo prazo e no bom serviço prestado”, disse Benini.

Segundo a Sabesp, o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (Cdped) discutiu as principais diretrizes do modelo para desestatização da Sabesp, sendo que os principais benefícios evidenciados, na primeira fase dos estudos, englobam:

  • Adição e antecipação de investimentos para atingimento das metas de universalização;
  • Redução de tarifas através da utilização de parte dos recursos gerados na transação.

Segundo a estatal, o conselho recomendou que o assunto retorne ao Cdped após a conclusão da próxima fase, para apreciação e deliberação dos próximos encaminhamentos.

A próxima fase dos estudos especializados para detalhamento da modelagem escolhida estará a cargo da Secretaria de Parcerias em Investimentos.

Com relação aos investimentos, os dados utilizados pelo IFC tomaram como base os estudos de comprovação da capacidade econômico-financeira da companhia, enviado em dezembro de 2021 para a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), disse a Sabesp.

À época, segundo a empresa, o montante de investimento necessário até 2033 para a universalização dos serviços de saneamento básico, cobertura de 99% da população com água potável e de 90% com coleta e tratamento de esgotos, era de R$ 47,5 bilhões.

O valor atualizado pelo IPCA e já considerando os investimentos realizados até 2022, representa hoje R$ 56 bilhões.

Com a chamada fase “zero” do processo concluída, o governo do Estado agora seguirá para a fase 1, onde serão detalhadas questões contratuais e regulatórias e será encaminhado o Projeto de Lei à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), com previsão de que isso ocorra ainda este ano, segundo a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de SP, Natália Resende.

*Com informações da Reuters

Veja o documento divulgado pela Sabesp

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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