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Se você leu que em janeiro a China vinha bancando as exportações de bovinos, esqueça

04 fev 2022, 14:57 - atualizado em 04 fev 2022, 19:48
Carnes
Mercados ascendentes marcam presença nas vendas brasileiras de carne bovina em janeiro (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Os recortes das exportações de carnes bovinas em janeiro, cujo crescimento vinha sendo atribuído pelos analistas à retomada da China, segundo todas as análises semanais feitas a partir de dados do governo, mostraram que o peso do maior comprador do Brasil foi menor.

Em valores absolutos nenhum destino desbanca a China, mas esse mercado encolheu – e não foi pouco.

Estados Unidos e Egito foram dois mercados, juntos a outros, que sustentaram parte dos embarques 25,85% maiores em volumes (159,9 mil toneladas) no primeiro mês do ano, na medida em que os chineses levaram 13,7 mil toneladas a menos na comparação com janeiro do ano passado.

O mercado asiático adquiriu 66,1 mil toneladas, já os Estados Unidos saltaram para pouco mais de 17 mil/, aumento de 526,3% na comparação anual. Em 2021, o país se consolidou como o 2º principal destino da proteína brasileira.

O Egito somou alta de 318,7%, para 18,8 mil/t, surpreendendo a Abrafrigo, que trabalhou os números de exportações contabilizados pela Secex.

Na terceira posição a Rússia experimentou comprar mais 184,8%, com 1,7 mil/t.

Como já havia mostrado Money Times no começo de janeiro, ainda que as importações chinesas entrem no cômputo do ano, a maior parte está sendo relativas ao cumprimento dos contratos antigos, firmados antes do embargo pela vaca louca (de 3 de setembro a 15 de dezembro).

Daí se mostra que, mesmo sem levar nada por 3,5 meses, o apetite chinês foi menor, mesmo considerando o feriadão atual no país, para o qual costumava-se construir grandes estoques, já que há uma paralisação ostensiva dos negócios internacionais no período até de 10 de dezembro.

 

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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