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Seca dos IPOs: Menos de 10% das novatas superou o Ibovespa (IBOV) em 10 anos; confira

16 out 2024, 14:10 - atualizado em 16 out 2024, 14:10
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Desde 2014, o mercado registrou 93 IPOs no Brasil; destas, 84 companhias seguem na bolsa. (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

O último IPO de uma companhia brasileira aconteceu em dezembro de 2021, quando o Nubank (NU) fez a sua estreia oficial na bolsa norte-americana. Na bolsa brasileira, a última oferta pública inicial foi da Vittia (VITT3), em setembro do mesmo ano.

Depois disso, o mercado entrou em uma seca de IPOs — e pior: são poucas as empresas novatas que conseguiram superar o Ibovespa (IBOV) nos últimos 10 anos.

Uma pesquisa da Seneca Evercore aponta que, desde 2014, o mercado registrou 93 ofertas públicas no Brasil. Destas, 84 companhias seguem na bolsa, sendo que somente 15 delas, ou seja, 17,9%, tiveram um desempenho positivo em relação ao seu preço fixado no IPO.

Já um grupo menor, de oito empresas (9,5%) tiveram uma performance superior ao IBOV: Ambipar (AMBP3), Cury (CURY3), Orizon (ORVR3), Caixa Seguridade (CXSE3), Plano & Plano (PLPL3), Wilson Sons (PORT3), PetroRecôncavo (RECV3) e Grupo GPS (GGPS3).

Veja de quanto foi a valorização de cada uma desde o IPO:

Ação Data do IPO Valorização
Ambipar (AMBP3) Julho de 2020 385%
Cury (CURY3) Setembro de 2020 116%
Orizon (ORVR3) Fevereiro de 2021 105%
Plano & Plano (PLPL3) Setembro de 2020 52%
Wilson Sons (PORT3) Outubro de 2021 48
Caixa Seguridade (CXSE3) Abril de 2021 44%
Grupo GPS (GGPS3) Abril de 2021 42%
PetroRecôncavo (RECV3) Maio de 2021 11%

O levantamento destaca que o desempenho de uma ação acaba sendo influenciado pelo setor em que as empresas estão inseridas. As áreas de tecnologia, imobiliário e varejo, por exemplo, são mais sensíveis a altas taxas de juros. Já os setores de commodities e materiais básicos, por exemplo, tiveram melhor desempenho no período.

Brasil segue na seca dos IPOs

A Moovesubsidiária da Cosan (CSAN3), estava se preparando para lançar o seu IPO na Bolsa de Nova York na quinta-feira passada (10). No entanto, a empresa decidiu não prosseguir com a oferta pública inicial da Moove. O motivo, segundo a Cosan, foram as “condições adversas de mercado”.

Fontes ouvidas pelo Money Times, destacam que risco Brasil, com a questão fiscal passando a ser questionada pelos investidores, foi o problema que barrou a transação. O processo da Moove pode ser retomado só em meados do ano que vem e não há previsão de outros IPOs brasileiros no caminho antes de 2025.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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