Commodities

Segunda de sangue para as commodities agrícolas, com soja e açúcar liderando a ladeira

09 mar 2020, 9:33 - atualizado em 09 mar 2020, 16:28
Arrasto da queda do petróleo é mais sentido pela soja, agrícola mais importante para o Brasil (REUTERS)Enrique Marcarian}

O efeito arrastão que o petróleo está ocasionando deixa em pânico as bolsas de commodities nesta abertura de semana.

Ao choque de recuo do barril tipo Brent em Londres – perto de 21% de queda, em US$ 36 – segue-se um dia de sangue na soja, milho, trigo, café, algodão e açúcar nos mercados referenciados de Chicago (CBOT) e Nova York (ICE Futures).

Impressiona o tombo da soja, principalmente, apesar do aumento das compras chinesas. Ao redor 11hs o contrato com vencimento em maio derrete mais de 19,25 pontos, aumentando, a US$ 8,72.

O açúcar também sofre forte pressão, já que por fundamento a cana seria desviada para a produção de commodity e menos para o etanol, cujo poder de competitividade é colocado em xeque diante da gasolina em viés de baixa.

O vencimento do contrato maio está chegando nos 12.46 centavos de dólar por libra-peso, em esvaziamento pouco melhor, de praticamente de 4,30%, mas ainda deixando bem para trás os 15 c/lp que se referenciava.

Enquanto o coronavírus se espalha e a Arábia Saudita anuncia aumento da produção – por retaliação à Rússia, que se recusava a cortar a produção como os árabes haviam proposto na reunião da Opep+ -, pressionando o cru para mínimas de 20 anos, a aversão ao risco se generaliza.

O milho passou a perder pouco mais, em torno de 8,25 pontos, e o trigo também, a cerca de 9, já a demais seguraram levemente as quedas. O café emagrece 1,76% e algodão menos 2,12%.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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