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Selic: 9 ações para comprar e lucrar com o juros a 13,75%, segundo 4 analistas

03 ago 2022, 18:44 - atualizado em 03 ago 2022, 19:01
Renda Fixa
Apesar do impacto negativo para a renda variável e para a economia como um todo, a alta da Selic beneficia alguns setores da Bolsa (Imagem: Mehaniq)

Como o esperado, o Banco Central elevou a Taxa Básica de Juros em 0,5 ponto percentual, para 13,75% ao ano.

Apesar do impacto negativo para a renda variável e para a economia como um todo, a alta da Selic beneficia alguns setores da Bolsa.

Com o caixa recheado, as empresas podem, inclusive, pagar mais dividendos, à medida que juros sobem e os lucros crescem.

O Money Times ouviu quatro analistas que indicaram suas ações favoritas para esse cenário.

Veja a seguir:

Bancos, sempre eles

Os bancos, que sofrerem com a crise da Covid-19, voltaram neste ano para o radar dos analistas. No ano, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3), por exemplo, acumulam alta de 11% e 26%, respectivamente.

Para Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, os bancos apresentam resultados sólidos, mesmo com o aumento de provisão e com uma perspectiva de inadimplência maior.

“Todos sabem surfar esse momento. Eles conseguem aumentar spreds, o que vai gerar um resultado financeiro maior”, diz.

Ele cita Itaú e Bradesco (BBDC4) como favoritos.

Bruno Komura, da Ouro Preto, coloca que essas empresas se beneficiam da alta de juros porque o principal componente da receita vem de crédito.

“A rentabilidade de uma carteira de crédito depende de diversos fatores como o mix (varejo + corporate), mas também do nível da taxa de juros. Quando os juros (Selic) estão baixos é mais difícil de cobrar spread alto”, diz,

Komura tem como papéis favoritos Banco do Brasil e Itaú.

O analista Leonardo Oliveira, da Lumi Research, recorda que o BB é um dos bancos mais descontados da bolsa e consegue melhorar a rentabilidade nesses momentos, com maiores spreads.

Seguradoras

Outro setor citado pelos analistas foi o de seguradoras.

Vitorio Galindo, analista da Quantzed, diz que essas empresas possuem caixas recheados pelas vendas dos seguros que recebem. Por isso, quando a Selic aumenta, a remuneração sobe junto.

“Pega o resultado financeiro na veia”, observa.

Entre os papéis, uma ação lembrada foi o BB Seguridade (BBSE3), que caiu nas graças dos investidores.

Na visão de Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, a companhia é mais nichada, direcionada para o agronegócio, o que a protege da piora da economia, dado que o setor está tento um momento positivo.

“Por mais que os preços de commodities tenha recuado, eles ainda vão ter um 2º semestre muito forte e devem ficar em patamares ainda altos”, completa.

Porto Seguro (PSSA3) e SulAmérica (SULA11) também foram lembradas.

Varejo

Por mais que o varejo seja prejudicado, provocando queda do consumo, a alta da Selic pode beneficiar algumas empresas com o caixa cheio.

Esse é o caso da Lojas Renner (LREN3) e Grendene (GRND3). “Esse caixa vai ser remunerado em uma taxa maior”, diz Galindo, da Quantzed.

Já Leonardo Oliveira lembra do Assaí (ASAI3), cujo o modelo de atacarejo se beneficia da alta dos preços.

“As pessoas buscam por comprar coisas mais baratas”, conclui.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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