Economia

Selic a 12,25%: Vem mais cortes por aí? Veja o que esperar das próximas reuniões do Copom

02 nov 2023, 9:29 - atualizado em 02 nov 2023, 9:29
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Copom, do Banco Central, antevê reduções da mesma magnitude na Selic nas próximas reuniões. (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou um novo corte de 0,50 ponto percentual na Selic nesta terça-feira (1º) e deu sinais de que o ciclo de afrouxamento da taxa deve continuar por mais tempo.

Os dirigentes do Banco Central anteveem reduções de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.

O economista-chefe da Nova Futura, Nicolas Borsoi, afirma que, no cenário local, o Copom seguiu com a visão de desaceleração da economia e reconheceu a melhora nos últimos dados de inflação, apesar de seguir em níveis altos.

Por outro lado, os dirigentes deixaram claro que o cenário global exige atenção. “O Comitê não mudou a visão sobre o cenário de riscos, mas afirmou que a conjuntura internacional incerta exige cautela na condução da política monetária”, diz.

Até onde vão os cortes da Selic?

Segundo Borsoi, o objetivo do Copom é adequar o grau de restrição da política monetária, diante da queda da inflação e da desaceleração da atividade.

“A manutenção do trecho sobre riscos fiscais, a maior importância de 2025 para a política monetária e a frase sobre os próximos passos nos fazem crer que o Copom seguirá com 0,50 ponto percentual até, pelo menos, março de 2024”, avalia.

O economista espera cortes de 0,50 p.p. nas reuniões de dezembro de 2023 e de janeiro e março do ano que vem. Já em junho de 2024, a redução deve cair para 0,25 p.p.

“Vemos um comunicado bastante em linha, com um tom levemente dovish, o que nos leva a esperar que a taxa Selic feche 2023 em 11,75% e 2024 em 10%, o que deve ancorar a ponta curta da curva de juros local”, ressalta.

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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