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Coluna do Cadu Guerra

Selic a 13,75% será história e pode ameaçar a renda fixa indexada ao CDI em 2023

18 abr 2023, 14:36 - atualizado em 18 abr 2023, 14:37
Renda fixa
Selic a 13,75% ao ano não deve se sustentar até o final de 2023, o que implica em menor ganho da renda fixa indexada ao CDI. (Imagem: Pixabay/ markus-s)

Por conta da “guerra” instaurada entre o governo e o Banco Central (BC), o rendimento da renda fixa indexada ao CDI pode estar correndo perigo de pagar menos em 2023. A taxa Selic a 13,75% ao ano será história em breve, movimento acelerado pelas desavenças entre Lula e Roberto Campos Neto.

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Para quem não se recorda, em 2021, o BC se tornou uma autarquia federal autônoma, tendo independência diante de outros órgãos públicos para a execução de políticas monetárias, e passou a ser independente do governo federal, separando as decisões financeiras dos ciclos políticos.

Ainda em 2021, a Selictaxa básica de juros da economia —, que influencia todas as outras taxas, desde investimentos a empréstimos, encontrava-se nos seus menores patamares vistos em décadas, atingindo incríveis 2%.

Porém, nesse mesmo ano, estávamos atravessando uma pandemia, o que colaborou significativamente para o aumento da inflação — que encerrou o ano em 10,06%.

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O que está em jogo?

Na tentativa de controlar a inflação, o BC passou a aumentar a Selic sucessivamente, até chegar ao nível de hoje, que é de 13,75%. Essa estratégia é utilizada porque, com esse aumento, o crédito encarece e, por consequência, o consumo reduz, diminuindo os preços.

No ano passado, a inflação recuou e encerrou em 5,79%. Porém, a mediana do boletim Focus, publicação divulgada pelo BC, para a inflação oficial neste ano é de 5,09%, valor bem acima do teto da meta de 4,75%.

Isso, somado às pressões inflacionárias globais e à incerteza sobre o arcabouço fiscal do país, levam o Banco Central a manter os juros no nível atual, fato que é alvo de críticas do presidente Lula.

O dirigente defende a revisão da meta de inflação, afirmando que ela é muito baixa e o Banco Central exagera na dose dos juros para atingi-la.

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Lula ainda declara não haver motivos para uma Selic tão alta, já que “nós não temos inflação de demanda” e que esse patamar “não combina com a nossa necessidade” de crescimento, além de reduzir o consumo e o investimento das empresas.

Selic cairá em 2023

Dessa forma, o mercado vê um espaço para uma redução dos juros com a apresentação da nova estrutura fiscal, que deve acontecer até abril.

Essa divulgação é essencial para sinalizar um mecanismo de equilíbrio das contas públicas, o que vai elevar a confiança dos investidores devido à redução do risco fiscal.

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Tudo isso abre margem para a diminuição da Selic e, consequentemente, para a queda do rendimento do seu investimento em renda fixa.

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Minibiografia: Cadu Guerra é CEO do Allugator, maior plataforma de assinatura de aparelhos eletrônicos da América Latina.
cadu.guerra@moneytimes.com.br
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