Market Makers

Selic a 16% em 2023? É o que pode acontecer se o governo não ajudar, diz gestor

16 dez 2022, 18:48 - atualizado em 16 dez 2022, 18:48

Os gestores Emerson Codogno e Mariano Steinert, da gestora Genoa Capital, estão pessimistas com o Brasil para 2023.

“O principal motivo tem a ver com a PEC. Ela fez uma ampliação de R$ 200 bi de aumento de despesa. Para não ter uma relação entre PIB  e dívida explosiva, precisaríamos ter um aumento de carga tributária para compensar esse aumento”, discorre Codogno, no 24º episódio do Market Makers.

De acordo com o gestor, elevar gastos é sempre algo fácil, mas aumentar a carga tributária nem tanto.  “Corremos o risco de ter esse aumento de carga tributária. Isso nos preocupa”, coloca.

Aqui no Brasil, o gestor está comprado em dólar e shorteado em real, ou seja, a casa aposta que o dólar irá subir no ano que vem, o que poderia interferir na inflação e nos juros.

“O timing para a PEC, considerando que temos juros reais muito alto, foi ruim Mas temos posições que ainda não são muito relevante. Acreditamos que tem uma expectativa de inflação e dólar que você poderia forçar o Banco Central a subir os juros, olhando os próprios modelos do BC, com dólar a R$ 5,70. Isso esteve muito perto de acontecer”, discorre.

Nesta sexta, a moeda norte-americana à vista caiu 0,42%, a R$ 5,2925 na venda. Na semana, marcada por volatilidade, o dólar subiu 0,89%.

Ainda segundo Codogno, o aumento poderia ser na segunda reunião do próximo ano. “O banco central fez alguns alertas, até relativamente tímidos em relação ao fiscal. Mas precisa que o dólar suba, com alta de 150 pontos-base ou 175 pontos -base”, prevê.

Com uma alta de 1,75%, a Selic, hoje em 13,75%, iria para 15,5%.

O fundo multimercado Radar, um dos principais da casa, entregou 35% de rentabilidade desde 2020 e 22% em 2022, considerado um dos melhores do ano.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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