Selic pisca na tela em 2024 entre 7,50% e 11,25% ao ano; entenda a precificação na curva

Na próxima semana, as buscas por Selic pelos investidores devem disparar com a chegada da reunião do Copom entre os dias 19 e 20 de setembro. No entanto, o mais importante é entender como já anda a precificação na curva de juros, que mostra até onde a Selic tem espaço para cair.

Entre as duas extremidades, a taxa básica de juros da economia brasileira deve oscilar entre 7,50% (no cenário mais dovish) e 11,25% (no cenário mais hawkish) em junho de 2024. Na avaliação da Warren Rena, o cenário-base mostra que os juros irão a 9,50% no próximo ano.

Quanto mais a Selic cair nos próximos meses, mais potencial a renda fixa prefixada e atrelada ao IPCA tem de entregar ganhos com marcação a mercado. Conforme o estrategista-chefe Sérgio Goldenstein, as taxas da renda fixa brasileira apresentam um movimento de steepening.

“Isso porque a curva de juros apresenta pequenas variações no segmento de curto e médio prazo e alta moderada no segmento de longo prazo”, afirma.

Portanto, o movimento ajuda o investidor a entender o porquê de títulos de renda fixa de longo prazo, como o Tesouro IPCA+ 2045, apresentarem prejuízo de marcação a mercado. Afinal, quando as taxas sobem, o preço dos títulos de renda fixa recua.

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Precificação dos juros futuros: até onde vai a Selic

O especialista apresenta simulações para a precificação da curva de juros de curto prazo sob diversos
cenários para a trajetória da taxa Selic até a reunião de junho de 2024.

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Utilizando os preços de 8 de setembro como base, os juros futuros têm cálculos, para cada vencimento (janeiro/2024, abril/2024 e julho/2024). Portanto, esse seria o CDI acumulado anualizado do período.

Cenário dovish

Caso o Banco Central brasileiro tenha um controle mais frouxo contra a inflação e busque incentivar o consumo, trazendo a Selic abaixo do patamar neutro.

Cenário base

Caso o Banco Central brasileiro busque aproximar a Selic do chamado juro neutro, em que nem desaquece ou aquece a economia. Esse é cenário com maiores chances de ocorrer, conforme a curva de juros.

Cenário hawkish

Caso o Banco Central brasileiro tenha um controle mais aguerrido contra a inflação e busque frear o consumo, mantendo a Selic acima do patamar neutro.