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Sem outro Méliuz (CASH3) na Bolsa: Autossustentável, Cuponomia descarta planos de IPO

29 abr 2022, 16:14 - atualizado em 29 abr 2022, 17:22
Cuponomia
O Cuponomia atingiu o breakeven (equilíbrio da empresa) “razoavelmente rápido”, dentro de um modelo de capital de empreendedores (Imagem: Cuponomia)

Em novembro de 2020, quando o Méliuz (CASH3) estreou na bolsa e, em paralelo, outras startups corriam para dar início a suas ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), o mercado voltou o seu olhar para o segmento de cashback, apostando no potencial dos negócios de cupons em meio ao crescimento do e-commerce brasileiro e à mudança do perfil do consumidor.

Taxado como “queridinho” de muitos investidores e analistas, a companhia tornou-se um dos principais nomes entre as ações de tecnologia brasileiras listadas na Bolsa.

Na contramão do Méliuz, o Cuponomia não pretende seguir os mesmos passos do rival e se tornar uma empresa de capital aberto – pelo menos por enquanto.

De acordo com Ivan Zeredo, diretor de marketing do Cuponomia, a empresa atingiu o breakeven (equilíbrio da empresa) “razoavelmente rápido”, dentro de um modelo de capital de empreendedores, e por isso consegue se autofinanciar.

“Agora que a gente tem crescido vertiginosamente com nosso próprio financiamento, nós não buscamos ativamente por algum IPO” diz Zeredo, em entrevista ao Money Times.

O Cuponomia surgiu em 2012, na intenção de ajudar as pessoas a economizar em suas compras online. Só em 2021, a empresa atingiu a marca de 1 milhão de downloads no seu aplicativo, com a utilização do seu cashback alcançando um crescimento de 200% em comparação com os resultados de 2020.

Ivan Zeredo
Ivan Zeredo, diretor de marketing do Cuponomia (Imagem: Cuponomia)

Segundo o diretor de marketing, a companhia tem focado cada vez mais em expandir os próprios produtos para aperfeiçoar a experiência daquele usuário com a sua compra.

Entre os serviços destacados estão os pontos de acesso com o consumidor e o site, além de aplicativos e plug-in (extensões do navegador onde a loja sinaliza os cupons disponíveis e aplica automaticamente com o maior desconto disponível em cashback).

Cuponomia não teme rivais?

Para Zeredo, não existem motivos para temer a concorrência. De acordo com ele, é até interessante que exista uma competição no mercado, onde outras empresas também oferecem o serviço de cashback, pois, assim, o Cuponomia pode se beneficiar diante das diferentes formas de trabalho, extraindo o que deu certo para os adversários, e o que não funcionou.

“Acredito que o nosso mindset (mentalidade) de focar em menos coisas, mas tentar fazê-las com excelência, tem funcionado bem” diz.

Questionado sobre a tendência dos bancos oferecerem diretamente serviços de cashback, aumentando ainda mais a competição por espaço no mercado, Zeredo diz que isso não é motivo de preocupação, dado que as instituições financeiras não estão completamente envolvidas com o segmento de cupons.

“Podem existir bancos oferecendo o cashback, mas eles não estão inteiramente focados em cupons, que é o produto que oferecemos há tanto tempo”, comenta.

Confiança do consumidor

A perspectiva de futuro para a indústria de cupons, segundo Zeredo, está alinhada, antes de tudo, com a confiança do consumidor para o formato de cashback. Ele destaca que, uma vez que o usuário realizou a compra e teve parte do seu dinheiro de volta, o que antes era um receio se torna um hábito.

Na visão do executivo, observando a trajetória do mercado de cashback e cupons, o segmento se expandiu e seguiu uma linha de crescimento desde então.

Apesar do e-commerce ter desacelerado em relação ao ‘boom’ no início da pandemia, Zeredo acredita que o comércio eletrônico continuará crescendo e o mercado de cupons e cashback ainda vai tirar proveito disso, ganhando cada vez mais espaço dentro do próprio e-commerce.

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Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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