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Semana encurtada eleva produtividade em 40% na Microsoft do Japão

04 nov 2019, 9:12 - atualizado em 04 nov 2019, 9:13
Esforços do primeiro-ministro Shinzo Abe para aumentar a flexibilidade das empresas e reduzir as horas extras recebem avaliações ambíguas (Reprodução: Facebook de Shinzo Abe)

Após testar o modelo de quatro dias úteis por semana em um país famoso pelo excesso de trabalho, a Microsoft do Japão informou que o faturamento por funcionário aumentou 40% em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Sob o chamado “Desafio de Escolha Vida-Trabalho do Verão de 2019”, funcionários tiraram toda sexta-feira de agosto de folga, recebendo pagamento normalmente. Além disso, as reuniões foram encurtadas para, no máximo, 30 minutos e as pessoas foram incentivadas a se comunicar online em vez de presencialmente.

Entre os empregados que responderam a uma pesquisa sobre o programa, 92% se disseram satisfeitos com a jornada semanal de quatro dias, de acordo com o relatório que a afiliada japonesa da gigante de software publicou em seu website em 31 de outubro.

O Japão luta para reduzir o número de horas trabalhadas por dia, que é o maior do mundo, em vista da escassez de mão de obra e do rápido envelhecimento da população. Os esforços do primeiro-ministro Shinzo Abe para aumentar a flexibilidade das empresas e reduzir as horas extras recebem avaliações ambíguas.

O teste de agosto também baixou custos na Microsoft do Japão, com quedas de 23% no consumo de eletricidade e 59% no número de páginas impressas em comparação com agosto de 2018, segundo o relatório. No entanto, alguns gestores ainda não compreenderam as mudanças no estilo de trabalho e alguns funcionários temem que os clientes se incomodem com a redução na jornada.

A empresa planeja realizar outra rodada no inverno. Os funcionários não receberão pagamento por dias de folga, mas serão incentivados a folgar por conta própria de uma “maneira mais flexível e inteligente.”