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Shein, Shopee e AliExpress: Taxação foi a pior notícia do Governo Lula, mostra pesquisa

19 abr 2023, 10:09 - atualizado em 19 abr 2023, 10:09
Shein Shopee AliExpress
Governo Lula recuou em decisão de fim de isenção que impactaria Shein, Shopee e AliExpress (Imagem: Shein)

O anúncio da medida provisória que visava acabar com a regra que isenta de imposto as encomendas enviadas por pessoas físicas que custam até US$ 50 (cerca de R$ 250) repercutiu negativamente para o Governo Lula.

Em meio à repercussão nas redes sociais, falhas na comunicação e envolvimento da primeira-dama,  Janja, o Governo recuou, mas o estrago já estava feito.

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Pesquisa da Genial/Quaest realizada entre 13 e 16 de abril mostra que 16% dos entrevistados avaliam a notícia da taxação das varejistas estrangeiras, como Shein, Shopee e AliExpress, como a pior do Governo.

(Imagem: Reprodução)

Com isso, a taxa de aprovação do presidente também caiu. Segundo a pesquisa, o governo de Lula é aprovado por 36%, enquanto 29% afirmaram ser regular e 29% negativa. Não sabem ou não responderam foram 6%.

Em contrapartida, na primeira avaliação do governo, realizada em fevereiro, a taxa de aprovação era de 40%, 24% regular e 20% negativo.

A pesquisa ouviu 2.015 pessoas, pessoalmente. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Shein, Shopee e AliExpress: o que irá acontecer agora?

Na terça-feira (18), após forte pressão popular, foi anunciado que, a pedido do próprio Lula, o fim da isenção de imposto para pessoas físicas não irá acontecer.

No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que a equipe econômica apresentará uma solução administrativa para combater o contrabando no comércio eletrônico. Segundo ele, a medida vai contar com o apoio dos Correios e será anunciada até o fim de maio.

“Temos oito meses para achar uma solução administrativa que atenda ao pedido do presidente da República sem prejuízo de combate ao contrabando”, disse Haddad a jornalistas no Congresso.

“Mas garanto que até o fim de maio vamos apresentar uma solução administrativa para corrigir essas distorções, contando inclusive com o apoio dos Correios, que é o caminho pelo qual essas encomendas chegam ao Brasil”, acrescentou o ministro.

Falha na comunicação gerou desgaste

O anúncio da medida rapidamente ganhou força nas redes sociais, com reclamações populares acerca do encarecimento de compras vindas de varejistas estrangeiras, especialmente Shein, Shopee e AliExpress.

No primeiro comunicado divulgado pela Receita Federal, foi dito que nunca houve isenção de US$ 50 para comércio eletrônico.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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