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Shoppings: Por que as ações caem na contramão do Ibovespa

11 nov 2022, 16:33 - atualizado em 11 nov 2022, 17:10
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Shoppings recuam na bolsa brasileira em semana de balanços financeiros das empresas, na contramão do índice da B3 (Imagem: Multiplan/Divulgação)

As ações de empresas de shoppings tinham dia negativo na B3 nesta sexta-feira (11), com destaque para Aliansce Sonae (ALSO3) e BR Malls (BRML3), que recuavam mais de 4%. As duas empresas divulgaram seus resultados financeiros do terceiro trimestre ontem, após o encerramento dos negócios na bolsa brasileira.

Os resultados foram vistos como positivos por analistas. A Genial Investimentos diz que Aliansce Sonae e BR Malls, que estão em processo de fusão, seguem mostrando recuperação e melhorias em todos os indicadores do ponto de vista operacional.

No entanto, comentam os analistas, a recuperação está aquém dos pares com portfólio mais voltado para as classes A e B, como Multiplan (MULT3) e Iguatemi (IGTI11). Sobre as vendas, a corretora diz que a tendência apresentou bom desempenho dentro do trimestre.

Por volta das 16h20 (de Brasília), os papéis de IGTI11 e MULT3 caíam 2,4% e 1,5%, respectivamente. Já o índice Ibovespa subia 2,7% no pregão.

Aliansce Sonae abaixo dos pares

A equipe do BTG Pactual avalia que os resultados operacionais da Aliansce Sonae foram decentes, embora as vendas de  inquilinos e o indicador aluguel nas mesmas lojas (SSR) estejam crescendo abaixo de seus pares.

Eles acrescentam que, após a venda de vários ativos, a empresa está desalavancada, criando espaço para grandes recompras de ações e distribuição de dividendos aos acionistas.

Aluguéis são destaque da BR Malls

O analista da XP, Ygor Altero, comenta que os bons números da BR Malls foram impulsionados por um crescimento resiliente do indicador SSR, na comparação com 2019, período pré-pandemia de covid-19.

Já os analistas do Santander destacaram a capacidade de cobrança de aluguéis uma vez que a inadimplência líquida atingiu 2,5% negativos de julho a setembro. Segundo eles, o resultado é explicado pela contínua saúde financeira dos lojistas refletindo crescimento de vendas de lojistas ante 2019.

Semana também teve Iguatemi

Outra empresa do setor que divulgou resultados esta semana foi Iguatemi. Segundo Altero, da XP, os números foram fortes e dentro do esperado no terceiro trimestre, principalmente impulsionados pelo “excelente” crescimento do indicador aluguel nas mesmas lojas.

“Os dados refletiram em um bom desempenho da receita de aluguel ante 2019”, diz. O analista chamou a atenção também para vendas que exibiram tendência positiva, indicando que o quarto trimestre também será positivo.

O analista da Inter Research, Gustavo Caetano, observa que a Iguatemi reportou números operacionais forte e boa geração de caixa. “Com a incorporação dos 0números reportados, entendemos que a companhia apresenta boa relação de risco-retorno”, reforça.

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Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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