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Soja: produtores já vão ao balcão ante cenário baixista; ajuste como de hoje ajuda mais

01 mar 2023, 11:13 - atualizado em 01 mar 2023, 11:13
Soja
Safra colhida de soja, como esta imagem do Paraá ganha ritmo e põe pressão nas cotações (Imagem: Pixabay/tee_zett)

Os produtores e exportadores de soja entraram a semana se movimentam mais na tentativa de vendas.

O timing de espera de melhores preços já está se perdendo. Os fundamentos são de baixa, o frete vai subir e não adianta esperar muito do câmbio.

Daqui para frente, a cada dia “vai perder mais um pouquinho”, comenta o analista Vlamir Brandalizze.

Um dia de ajuste de positivo de compras, como nesta quarta (1), com Chicago subindo – 0,52%, US$ 14,86, no maio -, após quatro quedas seguidas, ajuda a acelerar a busca por compradores.

150 milhões de toneladas do Brasil é grande safra chegando, em ritmo cada vez mais forte e recuperando o atraso da colheita em poucos dias mais, que Brandalizze vê como fator fundamental de baixa.

Junto com a calmaria dos chineses, que estão aguentando sem comprar dos americanos para virem buscar aqui na baixa.

As informações de uma futura safra dos Estados Unidos recorde, acima de 120 milhões de toneladas, caso o clima funcione bem, adiciona tempos ruins para Chicago.

A quebra argentina, em colheita de 33 milhões de toneladas, contra as previsões de abertura de 49 milhões/t, já estão precificadas.

Logo, a comercialização brasileira, que está apenas 1/3 do montante que sairá dos campos, ainda precisará crescer até 20% nas duas próximas semanas.

O dono da Brandalizze Consulting estima que a turma com contas pesadas a vencer entre março de maio – custeio, maquinários etc – vai ter ir às vendas.

E também falta espaço para guardar por mais tempo a soja.

O frete vai subir na escalada da safra, e, na soma, esperar o dólar subir já é risco aumentado.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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