CBOT

Soja recua: no curto prazo, mercado não vê explosão de compras chinesas dos Estados Unidos

16 jan 2020, 14:38 - atualizado em 16 jan 2020, 14:47
Soja segue pressionada por um acordo comercial com menor apetite do que se pensava (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O acordo sino-americano está deixando o mercado da soja mais na expectativa da segunda fase do que sobre a primeira recém firmada. A frieza dos agentes vem das tarifas que ainda serão praticadas pelos Estados Unidos e com China certamente comprando apenas para a necessidade, além de que o avanço das compras de Pequim não será tão generoso quanto parece.

Essa é avaliação de Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, tentando entender a “perda de suporte (na bolsa de Chicago, CBOT) dos US$ 9,30 (bushel) nas posições curtas e de US$ 9,80 nas longas”.

Nesta passagem da quinta (16), 14h35 (Brasília), o vencimento março cai em torno de 3,2 pontos (a US$ 9,25).

Para o consultor, a soja americana seguirá sendo taxada em 25%, provavelmente até a assinatura do acordo complementar – ao menos seguindo o que o governo Trump anunciou – e “os chineses, que não são bobos”, não deverão importar nada excepcionalmente. O que, sim, poderá acontecer quando as tarifas caíssem definitivamente. Daí então que os fundamentos de alta ainda não se perderam, frisa Vlamir Brandalizze, acentuando o déficit global projetado depois que a China voltar firme comprando.

A outra medida de contenção de uma explosão da demanda chinesa no curto prazo vem dos números divulgados. Brandalizze classifica os US$ 12,5 bilhões de compras do agronegócio em 2020 e os US$ 19,5 bilhões no ano que vem, somando US$ 32 bilhões, nada que o mercado esteja vendo como extraordinário.

Ele lembra que em 2018, com menos tempo de guerra comercial e de tarifas mais altas, os chineses compraram quase US$ 10 bilhões dos Estados Unidos.

 

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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