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Soja sobe com apoios indefinidos, como também seriam se estivesse em baixa

30 set 2022, 8:12 - atualizado em 30 set 2022, 8:14
Entre um pouco mais de exportações de soja dos EUA, safras no Brasil e EUA estão monitoradas (Imagem: REUTERS)

Os pontos de apoio para a formação de preços da soja no mercado futuro de Chicago ainda não tornam a vida fácil para os produtores e exportadores. O grão carrega fundamentos de alta e de baixa, com prevalências frequentes divididas, e com o financeiro ao largo.

E vai terminar a semana no mesmo grau de indefinição no qual a atravessou.

Nesta sexta (30), procura estender os leves ganhos da véspera, como tímidos foram os da quarta. Nesta passagem das 8h10 (Brasília) está em mais 0,40%, a US$ 14,16 o bushel, no vencimento de novembro.

Há o sentimento de que as chuvas no Sul do Brasil estejam atrapalhando o plantio, em linha com o atraso visto na colheita dos Estados Unidos, que, inclusive, deverá ser em menor volume na temporada.

Também a favor das cotações positivas foi notificado, na quinta, boas vendas americanas na semana passada, acima de 900 mil toneladas e acima do esperado pelos traders. Os destinos não foram divulgados, de modo que não se conhece, portanto, a participação chinesa, que é o que move para valer os preços.

Por falar em China, vale lembrar que de amanhã a dia 7, a Semana Dourada tira o país das compras, no segundo maior feriadão local – fundação da República Popular – e isso tira suporte em Chicago.

Ainda no campo das pressões, a mesma semeadura no Brasil do ciclo 22/23 e a retirada da soja nos EUA limitam as altas.

O excesso de precipitações aqui é limitado ao Paraná e Rio Grande do Sul e, afinal, não é de todo ruim, pois indica que, ao menos, não haverá atraso pela seca, como ocorreu em 2021. O clima no Centro-Oeste também indica boas perspectivas.

Quanto à colheita no Meio Oeste americano, também a meteorologia deu sinais de melhora nestes dias para os trabalhos de campo. Além disso, mesmo que a safra seja um pouco menor, é oferta entrando no mercado.

A sexta também é de cautela porque no período da tarde o USDA dará o registro dos estoques americanos de grãos trimestrais e, segunda, apresentará os dados do progresso de safra, no qual se confirmará, ou não, atraso.

Enquanto isso – e só por enquanto – os índices futuros de ações nos EUA e os dólar index (DXY) testam alívio sobre o risco que ainda é sistêmico sobre as economias mundiais em linha recessiva.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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