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Solana é o maior “Ethereum killer” do mercado? – Fique por dentro do que está rolando no “breakpoint”

12 nov 2021, 18:56 - atualizado em 12 nov 2021, 19:43
Muito do que foi anunciado nesta última semana, se feito e executado da forma correta e prometida no evento, tende sim a impactar e ser uma destrava de valor ainda maior, e fazer com que em 3 ou 6 meses vejamos uma nova máxima histórica. (Imagem: Crypto Times)

Entre os dias 17 e 20 de novembro, está acontecendo o “Breakpoint Solana”, um evento em Portugal onde são feitos diversos anúncios sobre a rede de contratos autônomos que mais vem crescendo no setor.

A Solana (SOL) é um dos ativos chamados de “Ethereum Killer”, ou seja, que tem potencial para se sobressair perante o Ethereum, que hoje é a maior rede de contrato inteligente do mercado de criptomoedas.

Para saber os principais pontos do evento, e o que pode vir no futuro, o Money Times conversou com Orlando Telles, analista da Mercurius Crypto, casa de pesquisas sobre o mercado de criptomoedas.

O que é o evento Breakpoint da Solana?

Orlando Telles: Algo que é muito comum, e existe no universo cripto de modo geral, é justamente essa dinâmica de ter eventos para comunidade. Nesses eventos são feitos anúncios de grandes parcerias, projetos que estão em desenvolvimento e tudo isso está atrelado ao que está acontecendo na Solana.

Basicamente o breakpoint, o evento que a Solana desenvolveu, está ocorrendo em Portugal do dia 17 ao dia 20 de novembro, e é focado para o anúncio de diversas parcerias dentro da Solana. Diversas parcerias grandes foram anunciadas, por exemplo com Brave Browser (BAT), The Graphic (GRT), Chainlink (LINK) e muito mais.

No fundo, é um grande meio para gerar um enorme fomento em todo ecossistema (da Solana). Então, é como se fosse realmente a conferência anual da Solana.

Quais foram os anúncios que mais trouxeram valor ao ecossistema da Solana?

Orlando Telles: Na minha visão, em primeiro lugar foi a atualização dos dados da rede. O CEO da Solana, Anatoly Yakovenko, trouxe muita informação relevante explicando como está sendo a dinâmica do desenvolvimento do ativo.

Acredito que isso, no futuro, tende a impactar muito o preço. Somado a isso também aconteceu a atualização da phantom, que é a carteira responsável pela maior parte da comunidade da Solana, fazendo seu modelo mobile. Algo que também tende a abrir uma porta muito grande quando pensamos em usabilidade no ecossistema.

Finalmente, a parceria com Brave, que vai integrar algumas partes de “dapps” dentro do seu navegador. O Brave tem hoje cerca de 42 milhões de usuários ativos, e a parceria tende a converter uma boa parte para o ecossistema da Solana.

Então como eu estou avaliando todo esse evento, e em que estou focado em compreender? A maneira que a Solana está criando portas para o ingresso de novas pessoas dentro de suas aplicações.

No que diz respeito a parte de jogos em blockchain: houve alguma grande novidade?

Orlando Telles: Houveram algumas atualizações de dados tanto em Star Atlas quanto em Metaplex, que é o principal marketplace de NFTs do ativo. Então houveram algumas posturas destes projetos, ainda não foi nada de tão relevante mas ao meu ver já é algo muito valioso porque é observado esse processo de atualização. O Star Atlas principalmente, por ser um jogo que ainda não está sendo 100% desenvolvido.

Foi afirmado que deve ser lançada uma versão beta em breve. É algo, para mim, algo muito relevante, até para trazer um pouco de conforto para os investidores daquele ativo.

Como você enxerga a relação entre o evento breakpoint e a constante atualização da máxima histórica do ativo?

Orlando Telles: Eu acredito que tudo que a Solana vive hoje é uma construção muito bem feita em termos de ecossistema. Primeiro, ela conseguiu criar uma solução, que é o proof-of-history (PoH), e leva ela à fronteira de eficiência dentre as outras blockchains.

Hoje ela é a blockchain que consegue ter o maior processamento em relação às demais, apesar de precisar sacrificar um pouco de sua descentralização. Mas muito além disso, ela obteve um investimento muito certeiro em hackathons [competições que visam premiar os desenvolvedores dos melhores projetos construídos na Solana] e no fomento de ecossistema.

Ela criou uma infraestrutura muito grande ao longo do ano de 2020, e também no início de 2021, que hoje está resultando na máxima histórica do ativo. Em minha visão, o breakpoint além de naturalmente reforçar trazer alguma especulação para o mercado, é mais uma oportunidade para o investidor acompanhar e compreender quais são os próximos passos desse ecossistema.

Muito do que foi anunciado nesta última semana, se feito e executado da forma correta e prometida no evento, tende sim a impactar e ser uma destrava de valor ainda maior, e fazer com que em 3 ou 6 meses vejamos uma nova máxima histórica.

Você acredita que a Solana está caminhando em direção a uma maior descentralização da rede?

Orlando Telles: Eu vejo que, hoje, a questão da centralização e da própria quantidade de nodes [nós validadores] é um dos aspectos que mais incomoda tanto a comunidade da Solana quanto também uma parte dos investidores.

O time da Solana tem uma visão muito interessante de business para compreender esses problemas. Já faz um tempo que o time da Solana está com alguns programas para incentivo de “staking” e criação de novos validadores.

Conseguiu crescer de forma significativa sua base de nodes, então na minha opinião, cada vez mais o ativo caminhe rumo a um formato mais descentralizado e fomentando um ecossistema muito plural. É possível observar bastante esse ponto pela premiação dos hackathons.

Eles não ficaram restritos ao mercado DeFi (finanças descentralizadas], mas focaram também em aplicações de games, metaverso e muito mais. Eu vejo a Solana caminhando de forma muito certa nesse processo.

Algo que eu adicionaria, e que me incomoda um pouco, é que a Solana não abriu tanto sobre seu roadmap [planejamento futuro] e sobre sua política em relação ao seu treasury [tesouraria] de gestão. Talvez sejam pontos que ainda precisam ser mais claros.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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