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Star Atlas: o game em blockchain que paga para você jogar; saiba como funciona

30 set 2021, 16:14 - atualizado em 13 out 2021, 16:09
Nave NFT de Star Atlas
Item NFT do jogo. Pode ser adquirido no próprio marketplace da plataforma.
Imagem: https://play.staratlas.com/

A indústria dos jogos está se unindo cada vez mais com o mercado de criptomoedas. A fusão desses dois gigantes resultou em um modelo inovador de games denominados de “play to earn”, ou jogue para ganhar. Estes jogos são programados dentro do Blockchain, e funcionam em plataformas de DeFis (contratos inteligentes), algo que possibilita que o jogador tenha as recompensas ganhas no jogo em forma de criptomoeda, ou seja, em forma de dinheiro com valor real no “mundo físico”.

Recentemente, um destes jogos vem chamando a atenção da comunidade cripto, o Star Atlas. Este jogo “play to earn”, funciona na rede de contratos inteligentes da Solana e tem um roadmap (planejamento futuro) bem sólido, além de grandes empresas por trás do projeto. A versão final do jogo só ficará pronta em alguns anos, porém, segundo os criadores, no mês que vem já será possível ganhar a criptomoeda do jogo com um minigame.

O jogo está sendo desenvolvido por meio da Unreal Engine 5, um motor gráfico para jogos bastante conhecido. A Unreal já foi utilizada por empresas consolidadas no universo gamer, como a Epic Games, desenvolvedora do Fortnite.

É esse o ponto que chama a atenção dos investidores, um jogo em blockchain com a mesma qualidade de qualquer outro de primeira categoria, com o diferencial de uma economia interna sólida e capaz de gerar renda aos seus usuários.

O Teaser Trailer do jogo já demonstra uma qualidade alta em gráficos:

Como vai funcionar Star Atlas?

O jogo vai abordar o tema de exploração espacial, conquista de territórios e disputa política. Os usuários poderão realizar diversas atividades dentro deste universo construindo em Blockchain e ganhar criptomoedas em forma de recompensa.

A exploração é feita através de naves, disponíveis na loja do jogo. O interessante é que estas naves são NFTs, ou tokens não fungíveis, significando que tem um valor real atrelado a cada uma delas, e podem valorizar ou não no futuro.

A economia do jogo é feita através dos próprios jogadores, a compra e venda de itens será de forma descentralizada e os jogadores poderão negociar entre si, ou em marketplaces que funcionam com ordens de compra e venda.

Cada jogador poderá escolher uma profissão e se especializar na área, desde engenheiro até piloto de fuga. As partes menos exploradas do universo de Star Atlas vão ter mais oportunidades de ganhar dinheiro, mas os riscos também são maiores. 

Nestas zonas de perigo, como são chamadas, os jogadores estão sujeitos a ataques de naves inimigas e outros perigos.

As naves podem ser destruídas por outros jogadores, deste modo perdendo parte do seu valor real. Entretanto, aqueles que recuperarem os destroços podem usar as partes restantes como sucata e ganhar dinheiro. Esse movimento é somente uma das diversas estratégias que são usadas para estabilizar a economia do jogo.

Por serem NFTs, as naves possuem características próprias e vão servir para objetivos diferentes. Naves de combate favorecem os jogadores que pretendem explorar as áreas mais perigosas do universo; naves de corrida ajudam os jogadores que pretendem atuar como saqueadores e assim por diante.

Quase todo item dentro do jogo será um NFT, pode ser comprado com a moeda do jogo, e fará parte da economia de Star Atlas. Um exemplo disso, são as bases de mineração e as garagens de naves que poderão ser adquiridas pelos jogadores e futuramente ser alugadas para outros.

Os jogadores poderão se reunir em “facções” e guildas, de modo a ganhar mais dinheiro. A estrutura do jogo favorece a colaboração entre jogadores. Por exemplo, as naves maiores precisam de uma tripulação, e de um jogador que possua licença para ser piloto (outro item NFT que pode ser comprado na loja do game).

Atualmente já existem algumas guildas sendo formadas, e a comunidade brasileira de jogadores vem ganhando volume. A escolha da “raça” do personagem feita pelo jogador também pode ser feita pensando em seus atributos e objetivos para o jogo.

Quais são as moedas de Star Atlas?

A economia de tokens do jogo é formada por três categorias basicamente – moeda de governança, moeda in game e os NFTs. Todas as moedas possuem um valor real e são passíveis de valorização, negociação de forma descentralizada e distribuição em forma de recompensas.

A criptomoeda de governança é a POLIS. Ela concede alguns poderes sobre decisões do jogo para quem as possui, é como uma ação ordinária. A moeda in-game é a ATLAS. Essa criptomoeda é usada para realizar compra e venda de itens dentro do jogo ou contratar outros jogadores para certos trabalhos, é a moeda local do universo de Star Atlas.

Por fim, os já mencionados NFTs. Funcionam como itens dentro do jogo que entregam ao jogador uma vantagem temporária ou não em relação a outros jogadores. Podem ser naves, bases de mineração, garagem para veículos espaciais e até mesmo a própria gasolina destas naves. Esta última não é de longa duração, e seu uso ajuda no controle inflacionário de moedas in-game.

As criptomoedas ATLAS e POLIS foram disponibilizadas para compra no mês passado pela corretora cripto FTX, e estão sendo listadas gradativamente em outras exchanges.

Ambas já acumulam uma boa valorização, muito devido ao otimismo sobre o game. O projeto faz parte de uma área muito nova dentro do mercado de criptomoedas, e vem ganhando muito espaço após o sucesso feito pelo Axie Infinity, outro jogo em blockchain em que o token de governança, AXS, acumula uma valorização de +10.000% em menos de um ano.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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