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Standard Custody recebe licença para fornecer serviços de custódia cripto em Nova York

17 maio 2021, 11:00 - atualizado em 17 maio 2021, 11:00
Standard Custody planeja expandir seu escopo de serviços e quer ser mais do que uma corretora, diferente de outras no setor de custódia (Imagem: Crypto Times)

Na última terça-feira (4), a Standard Custody recebeu uma licença para operar como uma fiduciária com alvará estadual e já está agindo para entrar para o setor de custódia institucional.

Dias após a concessão de sua licença, a empresa anunciou o encerramento de uma rodada “series B” (para a expansão de seu alcance de mercado) de US$ 53 milhões para sua empresa-mãe, PolySign.

Cowen Digital Asset Investment Company liderou a rodada com um investimento estratégico de US$ 25 milhões.

Ambas as empresas firmaram uma parceria, em que a PolySign fornece soluções de custódia de criptoativos para os clientes da Cowen por meio de seu novo braço de fiduciária licenciada, Standard Custody. Blockchain.com e Race Capital também participaram da rodada.

Por meio da Standard Custody, PolySign visa preencher uma lacuna no setor de custódia. Embora muitas empresas cripto estejam tentando desenvolver serviços completos — corretagem e custódia em um só lugar —, o CEO Jack McDonald afirma que a Standard Custody quer se diferenciar ao focar apenas em serviços de custódia para instituições.

Por meio Standard Custody planeja expandir seu escopo de serviços, McDonald afirma quer a custodiante quer ser mais do que uma corretora, diferente de outras no setor de custódia:

Acreditamos que, no futuro, as instituições que estão entrando no setor — [existem] cada vez mais gestoras tradicionais de ativos institucionais — vão querer ver uma segregação de tarefas entre a atividade de corretoras e atividade de custódia.

Isso pode significar que fundos de hedge, “family offices”, fundos patrimoniais e corretoras podem fazer parte de sua base de clientes no futuro, mas não com foco no varejo.

Outros que fornecem serviços ao mercado de varejo compartilharam seu interesse nos serviços da Standard Custody, principalmente por conta de seu licenciamento recente.

Foi a primeira a obter a aprovação para uma solicitação do tipo “de novo” — permite que empresas que operam há pelo menos cinco anos podem alterar sua composição para aderir a padrões de supervisão — em Nova York, e está se posicionando para emergir como uma parceira favorável a uma variedade de clientes, segundo McDonald.

Para desenvolver serviços de custódia e depósito, Standard Custody precisava ser uma custodiante qualificada. Existe mais de uma forma de obter a distinção, mas algumas são mais adequadas do que outras.

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Para se tornar uma custodiante qualificada, empresas podem ou se tornarem uma corretora registrada com a Autoridade Regulatória da Indústria Financeira (FINRA, na sigla em inglês), uma comerciante de commodities futuras pela Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) ou um banco fiduciário com alvará federal ou estadual.

Para empresas com foco na custódia, faz mais sentido se tornar uma fiduciária mas, recentemente, a extensão de uma licença estatal de custódia está muito clara.

A Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (SEC) está obtendo feedback público de como deve considerar custodiantes qualificadas com licenças estatais após uma letra de reguladores de Wyoming.

A nível nacional, o Congresso ainda está debatendo quanto poder o Escritório de Controladoria da Moeda (OCC) deve designar empresas de criptoativos como fiduciárias nacionais e, dessa forma, custodiantes qualificadas.

Ainda assim, uma licença fiduciária em Nova York pelo Departamento de Serviços Financeiros (NYDFS) é o padrão-ouro das licenças estatais.

É o mais alto padrão de excelência das estruturas de licenciatura estatal e também possui mais reciprocidade do que outros estados, ou seja, alguns outros estados levam em consideração o alvará de fiduciária de Nova York e não pedem outras licenças.

Standard Custody é a primeira a receber uma aprovação “de novo”, ou seja, está operando uma nova empresa em vez de converter uma entidade já estabelecida, como a Gemini e a Coinbase.

Isso é mais atrativo para empresas que visam ter sede nos EUA sem terem de passar pelas complexas estruturas regulatórias.

“Recebemos muito interesse por nossa tecnologia de algumas estratégias com maior foco no varejo por aí e, mais especificamente, que querem utilizar nossas capacidades de realizar negócios em Nova York e, mais amplamente, nos EUA”, afirmou McDonald.

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