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State Street cria nova unidade cripto para oferecer custódia e produtos DeFi

14 jun 2021, 13:59 - atualizado em 14 jun 2021, 13:59
State Street
A vice-presidente da State Street afirmou que a custódia de criptoativos está no radar da empresa (Imagem: Reuters/Brian Snyder)

A State Street quer enviar uma mensagem a Wall Street: a empresa de serviços bancários e custódia leva ativos digitais a sério.

Para esse objetivo, a companhia criou uma nova unidade de negócios dedicada a ativos digitais, tokenização e ativos de criptomoedas. Anunciada na última quinta-feira (10), a nova unidade – chamada State Street Digital – será comandada por Nadine Chakar, vice-presidente executiva da empresa.

“É um sinal verdadeiro de comprometimento do nosso CEO”, disse Chakar, referindo-se a Ron O’Hanley, que disse, em um comunicado, que ativos digitais estão se tornando uma parte importante da completa indústria de serviços financeiros.

“O objetivo é transformá-la em uma plataforma multiativos, para suportar criptoativos entre outras classes de ativos”, disse O’Hanley.

De um certo modo, a nova unidade da State Street – com cerca de 400 funcionários – continua a realizar a maior parte de seu trabalho anterior com o mercado de ativos digitais.

A empresa fez parcerias com várias empresas que oferecem produtos de bitcoin (BTC), funcionando como administradora de um fundo negociado em bolsa (ETF) de bitcoin, que será listado na Bolsa de Valores de Frankfurt.

A State Street também é apontada como a agente de transferência do fundo de investimentos de bitcoin da VanEck

Historicamente, a State Street evitou comentar sobre entrar no mercado de custódia de bitcoin, o qual atraiu o interesse de empresas desde Citigroup até JPMorgan.

Chakar disse ao The Block que a custódia [de criptoativos] está no radar da empresa e que a State Street lançaria esse produto, enquanto aguarda a aprovação regulatória necessária.

“Estamos criando [o produto] e o lançaremos no momento certo”, disse Chakar.

Por enquanto, no lado cripto, a empresa irá continuar a oferecer seus serviços de administração de fundos e oferecer um serviço de software “sem marca” [“white label”], que permite aos clientes negociar em diversos locais de liquidez. A lista de clientes interessados nesses produtos parece ser extensa. 

“Não negociamos em nossos balanços. Essa é uma solução sem marca”, descreveu Chakar. 

A vice-presidente continua:

Há novos tipos de fundos de criptomoedas que estamos lançando, gestores de ativos que estão pensando em lançar fundos de índices. Também estamos observando doações e fundações que estão em busca de assistência, à medida em que estão recebendo bonificações e concessões em cripto.”

Há também o interesse de corporações que estão considerando alocando o bitcoin como parte de seus balanços, seguindo os passos de diretores executivos do setor elétrico, como Elon Musk, da Tesla (TSLA; TSLA34), e Michael Saylor, da MicroStrategy (MSTR). 

“Ainda estamos em um estágio em que clientes estão começando a explorar [o setor cripto] e estão desesperados por conhecimento”, acrescentou Chakar.

Ainda, a empresa pode estar querendo alcançar outras empresas no setor, conforme informado pela CoinDesk. Concorrentes, como BNYMellon, já anunciaram unidades de criptomoedas, enquanto a State Street ainda tem de divulgar uma data planejada para o lançamento. 

Quanto às outras ambições, a empresa poderia atualizar sua plataforma GlobalLink já existente para que essa pudesse suportar uma forma de negociações de ponta a ponta, para permitir que as instituições testem o mercado de finanças descentralizadas (DeFi).

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