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TAEE11, ALUP11 e TRPL4: Investidor pode continuar esperando fartos dividendos das 3 elétricas?

18 mar 2024, 13:54 - atualizado em 18 mar 2024, 13:54
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Transmissoras devem seguir com fortes pagamentos de dividendos, avalia XP (Imagem: Pixabay)

A XP Investimentos revisou as estimativas e os preços-alvo das empresas de transmissão. A recomendação ainda é neutra para Alupar (ALUP11), Transmissão Paulista (TRPL4) e Taesa (TAEE11), embora as perspectivas em torno das oportunidades de expansão e dos dividendos sejam positivas.

Segundo a corretora, o negócio de transmissão no Brasil continua oferecendo perspectivas de crescimento substanciais, principalmente na região Nordeste, onde novas capacidades de energias renováveis estão sendo desenvolvidas.

No entanto, Vladimir Pinto e Maíra Maldonado, autores do relatório divulgado neste domingo (17), destacam que a competição deve seguir acirrada, com players de outros segmentos (distribuição e geração) sendo atraídos para o negócio de transmissão.

Dentro desse contexto, os analistas não esperam que a Alupar, Transmissão Paulista e Taesa sejam os principais beneficiários desse crescimento.

“Por outro lado, companhias com ativos legados, como Transmissão Paulista, devem se beneficiar de um retrofit/reforço substancial no capex”, ressaltam. “Além disso, a Alupar está apostando em outros países da América Latina com sólida regulação (na maior parte em Chile, Peru e Colômbia), potencial de crescimento e retornos atrativos.”

Transmissoras e seus fartos dividendos

Não é de hoje que a tese das transmissoras é guiada pelo potencial das empresas de remunerar seus acionistas. No caso de Alupar, Transmissão Paulista e Taesa, a XP acredita que os pagamentos de dividendos seguirão fortes daqui para frente, o que deve continuar atraindo investidores, “apesar de algumas companhias reportarem níveis de TIR (taxa interna de retorno) real perto dos rendimentos de títulos de longo prazo”.

Pelos cálculos da casa, a Taesa deve entregar um lucro líquido (e, consequentemente, dividendos) nos mesmos níveis atuais até 2028. Para Alupar e Transmissão Paulista, que dependem da contabilidade regulatória para definir os dividendos, os resultados devem crescer mais rápido, levando as empresas a apresentarem retornos maiores no longo prazo.

Os analistas destacam que todas as três companhias têm posição de caixa suficientemente robusta para realizar investimentos e distribuir dividendos.

Alupar e sua excelência em alocação de capital

Além da alta previsibilidade e do baixo risco, a Alupar chama atenção da XP pela excelência na alocação de capital. A corretora lembra que, não muito tempo atrás, a empresa adquiriu, de forma estratégica, oito lotes justamente quando o WACC e a relação RAP/Capex estavam elevados e os descontos para o RAP estavam comprimidos (o que significa baixa competição).

O preço-alvo para as units da Alupar foi elevado de R$ 33 anteriormente para R$ 36.

A principal avenida de crescimento da Transmissão Paulista

Na avaliação da XP, por conta dos retornos apertados nos leilões de transmissão, as principais oportunidades de crescimento para a Transmissão Paulista estão relacionadas a projetos de reforço e retrofit.

Os analistas lembram que a empresa tem atualmente R$ 5 bilhões em investimentos autorizados pela Aneel.

O preço-alvo ao fim de 2024 para o papel é de R$ 26.

Taesa combina defesa e resiliência

Um ponto positivo levantado pela XP sobre a Taesa é a alta previsibilidade dos resultados da companhia. A corretora destaca que a transmissora conta com uma margem Ebitda elevada que pode ser atribuída à operação de ativos mais novos, além de um portfólio “puro” de transmissão e uma abordagem restrita em relação as custos.

Em relação à alavancagem, pressionada por um cenário macroeconômico desafiador e um ciclo de investimentos pesado, a tendência esperada para a Taesa é de que ela continue em processo de desalavancagem conforme seus projetos se tornam operacionais.

Na atualização, a XP rebaixou o preço-alvo de TAEE11, a R$ 36.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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