Economia

Taxas de swap do Brasil e Chile despencam após corte do Fed

16 mar 2020, 13:16 - atualizado em 16 mar 2020, 13:16
Mercados Europa DAX
A maior oscilação é vista no mercado brasileiro, onde a ponta curta da curva DI caiu 34 pontos-base (Imagem: REUTERS/Kai Pfaffenbach)

A ponta curta das curvas de juros do Chile e do Brasil está despencando com os bancos centrais sob pressão para reduzir os juros a após a ousada medida do Federal Reserve.

O UBS diz que o BC brasileiro pode reduzir a Selic em 100 pontos-base antes mesmo da reunião na quarta-feira. No Chile, as autoridades monetárias se reúnem nesta segunda-feira em uma reunião extraordinária.

A maior oscilação é vista no mercado brasileiro, onde a ponta curta da curva DI caiu 34 pontos-base. Ainda assim, as taxas de prazo mais longo deram um salto de 50 pontos-base, em função do aumento do risco fiscal imposto pela propagação do coronavírus. Além disso, as tensões entre o governo e o Congresso ajudam a elevar a ponta longa da curva.

No Chile, as taxas de swap da curva local, conhecida como Camara, caem mais de 50 pontos-base. A relativa boa performance do peso chileno, mesmo com o cobre em queda de 4%, sinaliza que investidores esperam medidas para melhorar a liquidez além do corte dos juros.

“Encurtar a ‘duration’ é um movimento natural em todos os setores, já que o mercado continua sob pressão”, disse Alejandro Cuadrado, responsável de câmbio e estratégia para América Latina do BBVA, em Nova York. “Outros bancos na América Latina, como México ou Colômbia, se concentrarão mais na liquidez”, mas podem não ter espaço para reduzir os juros.

As taxas de swap no México vão reagir na terça-feira, pois o mercado está fechado devido a um feriado local. A forte volatilidade do peso, que tem o pior desempenho entre as 31 principais moedas monitoradas pela Bloomberg na segunda-feira, sinaliza queda das taxas de swap.

Por outro lado, as taxas da Colômbia estão em alta. A IBR mostra forte alta, de 50 pontos-base na curva, pois a dependência do petróleo leva investidores a projetarem um aumento ainda maior do déficit em conta corrente, o que pode comprometer as expectativas para o PIB.

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