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Temporada de alta do açúcar bateu no teto com a nova temporada da Índia chegando

06 set 2021, 14:44 - atualizado em 06 set 2021, 15:37
Açúcar bruto Agronegócio Commodities
Mesmo menor o açúcar brasileiro, oferta indiana deixará preços mais comportados (Imagem: Reuters/Khalid al-Mousily)

A perspectiva de que a safra nova da Índia começará a limitar as altas do açúcar em Nova York deverá entrar nas telas dos operadores cada vez mais daqui para a frente.

Mesmo no contrapé de uma safra brasileira 21/22 do Centro-Sul, sob o peso da quebra extraordinária, entre 10% a 15% menor que a última – algo como 34 a 35 milhões de toneladas -, é oferta indiana chegando no mercado.

“Sim, deverá limitar as altas”, diz Maurício Muruci, analista da Safras & Mercados.

Na semana passada, o outubro, contrato driver, perdeu 3% (19,62 c/lp fechou a sexta; hoje é feriado nos Estados Unidos), mas ainda não se atribuiu ao açúcar indiano, que começará a chegar em outubro.

As máximas de 4 anos em Nova York podem ter passado, depois de as cotações terem chegado acima dos 20 centavos de dólar por libra-peso, condicionadas pela ruptura de em torno de 60 milhões de toneladas a menos de cana (para 530 a 540 milhões/t), potencializada por vários eventos climáticos.

Depois de boas chuvas de monções, a produção da Índia vai ser boa novamente, e Muruci compila, junto a várias fontes, o propósito do país produzir acima de 36 milhões/t da commodity.

E, desta vez, com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) errando: no último levantamento, se falou em 34,7 milhões/t.

Por cima disso, igualmente ao fator margem às usinas da Índia, como costuma lembrar Muruci. Acima de 18 c/lp, há preço suficiente para os produtores exportarem mais sem subsídio.

A menos que a demanda global se arrefeça muito, o que parece estar momentaneamente descartada, depois do pânico da variante Delta há até poucos dias, e que detone qualquer perspectiva de haver mercado para o açúcar.

 

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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