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Tenda mandou bem no 2º trimestre, mas forte desempenho já está precificado, diz Credit Suisse

17 jul 2020, 13:54 - atualizado em 17 jul 2020, 13:54
Tenda
“Nós vemos a Tenda, assim como outras construtoras listadas, ganhando participação”, afirmou o Credit Suisse (Imagem: Facebook/Construtora Tenda)

A Tenda (TEND3) divulgou fortes números de vendas no segundo trimestre, como os investidores já esperavam. A pandemia de covid-19 não impediu que a companhia encerrasse o período com um montante de R$ 576 milhões, aumento de 20,1% na comparação anual.

Na avaliação do Credit Suisse, o bom resultado é explicado não só pela demanda resiliente, mas também pelas vantagens competitivas da empresa, como a plataforma online, o reconhecimento da marca e os descontos nos pagamentos iniciais.

“Nós vemos a Tenda, assim como outras construtoras listadas, ganhando participação. No entanto, mantemos nossa recomendação neutra, pois acreditamos que o crescimento da companhia já está precificado”, avaliou a equipe de análise do banco suíço, em relatório enviado aos clientes.

Grandes lançamentos

A construtora chegou a realizar 14 lançamentos no segundo trimestre, totalizando um valor geral de vendas (VGV) de R$ 630,2 milhões. Segundo o Credit Suisse, isso se deve parcialmente as atrasos de projetos que deveriam ter sido lançados no primeiro trimestre e às restrições de deslocamento impostas para conter o coronavírus.

“Esperamos que a Tenda acelere os lançamentos a partir do segundo semestre, que tem potencial de ser semelhante à segunda metade do ano de 2019”, afirmou o banco.

A recomendação para o papel é neutra, com preço-alvo indicado para os próximos 12 meses de R$ 37.

Avaliação da XP Investimentos

Tenda
A XP Investimentos iniciou a cobertura da ação da Tenda com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 37,20 (Imagem: Facebook)

A boa execução da Tenda foi reconhecida pela XP Investimentos, que iniciou a cobertura da ação com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 37,20. A perspectiva para o segmento de baixa renda ainda é boa, mas, assim como o Credit Suisse, a corretora acredita que o papel já reflete a visão positiva dos negócios.

Para a XP, o processo de reestruturação em 2012 permitiu que a companhia melhorasse sua eficiência e se tornasse a fornecedora com o menor preço do segmento.

“Em um mercado em que o preço baixo é essencial, ser aquele com menor custo entre os pares de mercado, permite à Tenda melhorar sua velocidade de vendas enquanto mantém margens altas. Essa combinação de alto giro das unidades e margens saudáveis levou a empresa a melhorar significativamente sua rentabilidade nos últimos anos, tornando-a uma das melhores de sua categoria”, explicou o analista de Fundos Imobiliários, Renan Manda.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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