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Tendência é de que os bancos aumentem a internacionalização dos clientes, diz executivo do Inter

19 jul 2022, 8:19 - atualizado em 19 jul 2022, 8:19
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A nova ferramenta faz parte do processo de internacionalização do Inter.  (Imagem: Divulgação/Inter)

Nesta semana, o Inter lançou a sua conta internacional, que permite fazer movimentações em dólar por meio do aplicativo do banco. A ideia é facilitar a compra de dólar para brasileiros que viajam para o exterior ou que moram fora do país, além de possibilitar compras internacionais sem o pagamento de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A conta oferece dados bancários americanos aos clientes e as transferências podem ser feitas a partir de US$ 1 a qualquer horário do dia, incluindo madrugada e finais de semana. Em entrevista para o Money Times, Aloisio Matos, diretor de Cross Border Services do Inter, afirma que a pessoa ainda tem acesso a todo ambiente bancário nos Estados Unidos e consegue, inclusive, usar esse dinheiro para investir nas bolsas americanas.

“É possível comprar ativos que estão no exterior, ações de empresas americanas listadas em Wall Street e assim por diante”, disse.

A nova ferramenta faz parte do processo de internacionalização do Inter. No início do ano, o banco concluiu a aquisição do Usend, uma fintech americana, e deu o primeiro passo para a sua entrada nos Estados Unidos. No final de junho, a empresa deixou o Ibovespa e listou suas ações na Nasdaq. Por aqui, as operações são realizadas somente via BDRs (Brazilian Depositary Receipts, que são certificados emitidos no Brasil e possuem como lastro ações emitidas no exterior).

Confira a entrevista completa com o Aloisio Matos, diretor de Cross Border Services do Inter.

Como funciona essa conta global?

A gente tem o Super App do Inter que oferece uma série de serviços além da conta corrente. Então, tem a parte de shopping, de investimentos, seguros. E, agora, a gente trouxe também toda a parte de conta nos Estados Unidos para os clientes.

Hoje, se você tiver o aplicativo do Inter, já tem toda a experiência de banco por trás de conta, Pix, cartão e outros serviços no ambiente brasileiro. E lá no app tem uma bandeirinha dos Estados Unidos, que permite acessar todo ambiente americano do banco. Ou seja, vai ter uma conta em dólar, cartão, número de conta americana, a possibilidade de fazer transferências lá nos EUA.

Você também pode fazer, automaticamente, uma carga dessa sua conta americana debitando da sua conta em reais aqui do Brasil ou então transferir os saldos entre as contas.

Essa ferramenta também atende aqueles que querem investir em moedas estrangeiras?

Sim, a gente enxerga alguns perfis de clientes. Tem aquela pessoa que quer simplesmente ter uma exposição maior ao dólar e ela consegue trocar em poucos cliques R$ 1.000 por US$ 200. Mas também temos clientes que buscam por investimentos em dólar. Então ele manda esse dinheiro para os Estados Unidos e, a partir disso, pode comprar ativos que estão no exterior, ações de empresas americanas listadas em Wall Street e assim por diante. E eu acho que a tendência é de que os bancos vão aumentar cada vez mais essa internacionalização dos clientes.

Quais são as taxas?

Não tem taxa transacional para a remessa ou depósito. A gente considera a taxa de câmbio comercial, não a de turismo, a gente informa para o cliente qual que é o spread [diferença entre o valor pago por uma instituição financeira ou banco na compra de dinheiro e o valor recebido por ele na venda] em cima daquela taxa de câmbio. Além disso, tem o IOF que é de 1,1% na transferência da conta brasileira para a americana, e de 0,38% se for o contrário [de dólar para real]. Então, a pessoa faz essa carga na conta e pode usar o cartão sem precisar pagar o IOF de 6,38% nas compras feitas com cartões de crédito internacionais emitidos no Brasil.

Por que o Inter lançou esse serviço?

O Inter cresceu muito rápido de 2016 para cá. A gente não tinha nenhum 1 milhão de clientes e hoje já estamos com mais de 20 milhões de clientes. E a ideia é sempre pensar grande, olhar para outros países. Então, faz parte da estratégia oferecer uma conta americana para os clientes brasileiros; e não só isso, oferecer também para a nossa base de clientes nos Estados Unidos, que são principalmente brasileiros que estão nos Estados Unidos, os serviços que a gente tem por aqui.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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