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Tensão no Mar Negro escala, trigo salta mais de 8% e chega a maior patamar desde o início da guerra na Ucrânia

19 jul 2023, 16:26 - atualizado em 19 jul 2023, 16:26
Trigo mar negro
Embarcações com destino à Ucrânia serão consideradas potenciais cargas militares e mercado segue preocupado com fornecimento do trigo (Imagem: Pixabay/matthiasboeckel)

O contrato do trigo com vencimento em setembro disparou nesta quarta-feira (19), impulsionado pelo acirramento da Guerra na Ucrânia.

De acordo com Elcio Bento, analista do cereal na Safras & Mercado, o fim do acordo de grãos já estava precificado pelo mercado, mas a escala no conflito trouxe incertezas e fez com que as cotações batessem no limite de máxima da sessão pela primeira vez desde os primeiros dias de guerra.

No início da tarde, a agência russa Interfax reportou que o ministério da defesa da Rússia afirmou que a partir de amanhã todas as embarcações com destino à Ucrânia serão consideradas potenciais cargas militares.

“Desde ontem (18), a Rússia realizou bombardeios às infraestruturas portuárias ucranianas. Depósitos de grãos foram atingidos e mais de 60 mil toneladas teriam sido destruídas. O mercado entendeu isso como uma ameaça ao transporte de grãos e os preços reagiram. O clima seco em partes dos Estados Unidos completou o cenário altista”, explica Bento.

O milho realizou o mesmo movimento de alta, mas com intensidade bem menor, com os agentes precificando essa piora da guerra na Ucrânia e o clima menos favorável nos Estados Unidos.

Confira o fechamento das commodities:

Cultura Vencimento Valor (US$) Variação (%) Variação (Cents)
Soja (CBOT) Julho 14,91 -0,03 -0,50
Milho (CBOT) Setembro 5,45 3,16 16,75
Trigo (CBOT) Setembro 7,27 8,49 57,00
Café (ICE) Julho 1,52 -1,8 1,80
Açúcar (ICE) Setembro 0,24 1,46 0,0035
Fonte: Safras & Mercado

Veja o fechamento das commodities na terça-feira.

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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