Tesouro Direto

Tesouro Direto hoje: quem investiu ontem se deu melhor; taxas de títulos só caem nesta terça-feira

10 maio 2022, 11:52 - atualizado em 10 maio 2022, 11:59
Tesouro Direto, Fundos Multimercados Mercados queda
Tesouro Direto: com mercado precificando fim do ciclo de alta da Selic, taxas dos títulos prefixados e indexados à inflação caem nesta terça-feira. (Imagem: Unsplash/ @ussamaazam)

As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto recuaram na marcação a mercado nesta terça-feira (10), conferindo menor rentabilidade aos investidores do que o visto na véspera.

Por volta do meio-dia, o título indexado à inflação Tesouro IPCA+, com vencimento em 2055 e pagamento de juros semestrais, rendia juros de 5,7% ao ano, ante 5,86% ao ano no último fechamento.

A cota mínima do título mencionado era negociada a R$ 41,35 cada nesta manhã.

Taxa Selic está chegando no teto?

O principal price maker (fazedor de preço) para a baixa dos juros pagos pelos títulos de renda fixa no Tesouro Direto nesta terça-feira se deve ao tom dado na Ata do Copom (Comitê de Política Monetária).

Na avaliação do BB Investimentos, a ata traz um viés de baixa para os vértices curtos e médios da curva futura de juros, uma vez que o Copom sinalizou a possibilidade de encerramento do ciclo de alta da taxa Selic na próxima reunião.

Atualmente, a Selic encontra-se em 12,75% ao ano e antes era o teto considerado pelo presidente do Banco Central para o ciclo de juros no Brasil.

No entanto, a maioria do mercado já precifica que a taxa básica de juros vai superar este teto, com mais uma alta que pode levar a Selic bater entre 13,25% a 13,5%.

Para Fábio Louzada, analista CNPI e CEO da Eu me banco, o comunicado do BC não trouxe nenhuma surpresa, ao destacar o seguinte trecho da ata: “é apropriado que o ciclo de aperto monetário continue avançando significativamente em território ainda mais contracionista”.

“Na minha avaliação, na ata eles se mostraram mais preocupados com a inflação do que com o crescimento no país. Isso mostra que o BC não deve jogar a toalha em relação ao cumprimento da meta de inflação”, comenta Louzada.

A Ativa Investimentos também considera que o Copom vai elevar a taxa Selic em 50 pontos base na próxima reunião no mês que vem, fazendo os juros subirem para 13,25% ao ano.

Com a narrativa de que o ciclo de alta de juros no Brasil está bem perto do fim, os títulos prefixados e indexados à inflação no Tesouro Direto são os que mais sofrem na marcação diária, enquanto que o Tesouro Selic (pós-fixado), ainda tem mais terreno para entregar mais rentabilidade.

Disclaimer

Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

Taxas do Tesouro Direto hoje (10/05/2022)

Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto que eram oferecidos por volta das 10h30 nesta terça-feira (10):

Título Rentabilidade anual Investimento mínimo Preço Unitário Vencimento
TESOURO PREFIXADO 2025 12,44% R$ 36,67 R$ 733,53 01/01/2025
TESOURO PREFIXADO 2029 12,47% R$ 32,14 R$ 459,18 01/01/2029
TESOURO PREFIXADO com juros semestrais 2033 12,60% R$ 35,66 R$ 891,51 01/01/2033
TESOURO SELIC 2025 SELIC + 0,1350% R$ 115,99 R$ 11.599,41 01/03/2025
TESOURO SELIC 2027 SELIC + 0,1810% R$ 115,43 R$ 11.543,04 01/03/2027
TESOURO IPCA+ 2026 IPCA + 5,48% R$ 31,41 R$ 3.141,51 15/08/2026
TESOURO IPCA+ 2035 IPCA + 5,73% R$ 38,29 R$ 1.914,60 15/05/2035
TESOURO IPCA+ 2045 IPCA + 5,73% R$ 32,95 R$ 1.098,41 15/05/2045
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 2032 IPCA + 5,65% R$ 41,05 R$ 4.105,69 15/08/2032
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 2040 IPCA + 5,70% R$ 41,35 R$ 4.135,14 15/08/2040

Marcação a mercado no Tesouro Direto

Vale lembrar que as variações apresentadas correspondem a marcação a mercado, ou seja, a oscilação só atinge os investidores que resgatam os investimentos antes do fim do prazo “combinado” com o Tesouro Direto.

Se o investidor segurar o título até o seu vencimento, o retorno acordado na hora da compra está garantido.

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Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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