Tokens de renda fixa podem render 1,3% ao mês e com aplicação mínima a partir de R$ 25

Os tokens de renda fixa são uma nova modalidade de investimento que tende a trazer bons retornos ao investidor pessoa física no Brasil. Conforme levantamento do escritório Jantalia Advogados, a rentabilidade dos tokens de renda fixa pode chegar a 1,3% ao ano.

Dessa forma, os ativos de renda fixa registrados na tecnologia blockchain entregam uma remuneração bastante superior à da caderneta de poupança. Segundo o planejador financeiro Rafael Haddad, do C6 Bank, a poupança deve render 8,34% nos próximos 12 meses, transformando um investimento inicial de R$ 10 mil no montante de R$ 10.834,00 após um ano.

Afinal de contas, os brasileiros já estão buscando investimentos mais rentáveis que a poupança, que sofreu mais saques do que depósitos em julho, com a retirada líquida de R$ 3,58 bilhões.

Portanto, os tokens de renda fixa podem entrar no radar do brasileiro, explica Carlos Akira Sato, especialista em ativos digitais do escritório de advocacia.

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Como funcionam os tokens de renda fixa

Para quem não sabe, os tokens de renda fixa ou TIDCs são uma tokenização (digitalização) de direitos creditórios, que injetam recursos em créditos a receber por parte das companhias.

Então, os tokens de renda fixa podem conter parcelas de cartões, contratos de aluguel e duplicatas mercantis.

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Só em 2022, os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs) acumularam um patrimônio líquido de R$ 329,5 bilhões. O montante é 22,13% superior em relação a 2021, conforme a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros (Anbima).

“Esse mercado vai crescer porque os pequenos investidores nunca tiveram acesso a taxas de juros de 1,3% ao mês nas aplicações tradicionais. Os tokens de renda fixa chegam para democratizar esse ambiente, com aplicações mínimas a partir de R$ 25”, afirma Akira.

Procura por tokens de renda fixa

Os tokens de renda fixa podem registrar uma procura maior no Brasil, pois a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acompanha o desenvolvimento do mercado e criou um ambiente regulatório favorável aos ativos digitais.

Conforme pesquisa do ChainAnalysis, o Brasil está entre os dez países que mais utilizam criptomoedas, números reforçados pelo recente levantamento da Receita Federal em abril de 2023. O estudo apontou que dois milhões de brasileiros declararam investir em criptomoedas.

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“As necessidades e inovações apresentadas pelo mercado têm sido acompanhadas pela agenda positiva criada pela CVM, que atua para viabilizar o aperfeiçoamento dos FIDCs e o surgimento dos TIDCs”, analisa o especialista.

Do ponto de vista tecnológico, a chegada dos TIDCs é fruto da aplicação do blockchain nos mercados financeiro e de capitais. Na opinião de Akira, essa utilização criou novas modalidades de negócio e ampliou a quantidade de participantes.