Tribunal federal dos EUA indicia cofundador do esquema de pirâmide OneCoin

Promotores estadunidenses apresentaram uma figura fundamental no esquema de pirâmide da criptomoeda OneCoin para fraude eletrônica, fraude de valores mobiliários e acusações de lavagem de dinheiro, de acordo com uma acusação recém-divulgada.

Karl Sebastian Greenwood foi indiciado em fevereiro de 2018, de acordo com documentos oficiais.

OneCoin, um esquema de investimento infame, foi talvez o de maior destaque em meio a uma infinidade de esquemas de pirâmide com foco em criptoativos a surgir nos últimos cinco anos. Greenwood foi preso em novembro de 2018, de acordo com um relatório do jornal Bangkok Post.

A acusação alega que Greenwood conspirou em defraudar possíveis investidores em adquirir pacotes da OneCoin, com os quais seria possível “minerar” OneCoins. Assim como diversos esquemas de pirâmide, o objetivo dos participantes era vender esses pacotes e trazer novos participantes para o esquema.

De acordo com os documentos do tribunal, tais iniciativas totalizaram mais de “US$ 1 bilhão de fundos de investidores” entre 2014 e janeiro de 2018.

“[…] GREENWOOD, e outros que trabalham em seu nome, deram e fizeram com que fossem dadas falsas declarações e deturpações ao solicitar que indivíduos em todo o mundo, incluindo no Distrito Sul de Nova York, investissem na suposta criptomoeda ‘OneCoin’ e instruísse indivíduos para transmitir fundos de investimento para as contas de depósito da OneCoin a fim de adquirir pacotes da OneCoin. Assim, fizeram com que indivíduos enviassem transferências bancárias interestaduais e internacionais representando seus investimentos OneCoin e resultando no recebimento de mais de US$ 1 bilhão de fundos de investimento para contas bancárias relacionadas à OneCoin.”

Conforme relatou BehindMLM.com, a conferência preliminar de Greenwood está marcada para o dia 3 de junho.

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Outras pessoas, incluindo os líderes Ruja Ignatova e Konstantin Ignatov, foram indiciados por oficiais dos EUA, apesar de Ignatova, a chamada “criptorainha”, ainda estar foragida. Ignatov foi preso em março de 2018 na época de seu indiciamento.

“Conforme alegado, esses defensores criaram uma empresa de criptoativos multibilionária completamente baseada em mentiras e enganação. Eles prometerem alto rendimento e risco mínimo mas, conforme alegado, essa empresa era um esquema de pirâmide baseada em falsidade, mais do que números”, afirmou Geoffrey S. Berman, advogado estadunidense de Manhattan.