Internacional

Trudeau pede que Alberta contribua com incentivos de captura de carbono

07 jan 2023, 13:56 - atualizado em 07 jan 2023, 13:56
“Vimos Alberta hesitar em investir em qualquer coisa relacionada à mudança climática. Mas o CCUS é uma dessas coisas tangíveis”, disse o primeiro-ministro canadense (Imagem: Facebook/Justin Trudeau)

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, instou na sexta-feira o governo de Alberta, principal província produtora de petróleo, a usar seu superávit orçamentário para ajudar a reforçar os créditos fiscais destinados a ajudar no aumento da captura e armazenamento de carbono e redução das emissões.

Depois que os Estados Unidos aprovaram a Lei de Redução da Inflação no ano passado, que incluiu enormes créditos fiscais para desenvolver localmente a captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS), a indústria canadense de petróleo e gás tem buscado um aumento do que foi prometido no orçamento federal.

“Já vimos Alberta hesitar em investir em qualquer coisa relacionada à mudança climática. Mas o CCUS é uma dessas coisas tangíveis”, disse Trudeau à Reuters em entrevista.

“Acho que há um papel para as províncias superavitárias, com capacidade de investir no seu futuro e no futuro dos seus trabalhadores”, disse na sua primeira entrevista à imprensa em 2023.

Os comentários vêm após uma reportagem exclusiva da Reuters de outubro com fontes dizendo que o governo federal do Canadá estava em desacordo com o governo de Alberta sobre quem deveria pagar para reforçar os créditos fiscais pela captura de carbono.

O Canadá abriga a terceira maior reserva de petróleo do mundo e é o quinto maior produtor de gás natural, e a indústria diz que precisa de mais apoio do governo para ajudar a ampliar a tecnologia.

A captura e o armazenamento de carbono estão emergindo como um elemento-chave na luta contra a poluição por carbono e as mudanças climáticas em todo o mundo. A indústria canadense de petróleo e gás quer igualdade de condições, já que Ottawa tem como meta emissões líquidas zero até 2050, a mesma meta estabelecida pelo presidente dos EUA, Joe Biden.

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