Comprar ou vender?

UBS BB diz que é hora de compra Alpargatas (ALPA4) e aponta 5 motivos

01 set 2025, 18:58 - atualizado em 01 set 2025, 18:58
alpargatas
(Imagem: Facebook/Havaianas)

O UBS BB elevou a recomendação das ações da Alpagartas (ALPA4) de neutra para compra nesta segunda-feira (1º). A última atualização havia acontecido em agosto do ano passado, quando o banco iniciou a cobertura da companhia.

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O banco também revisou para cima o preço-alvo de R$ 10,50 para R$ 12 — o que representa um potencial de valorização de 26,2% nos próximos 12 meses em relação ao preço de fechamento da última sexta-feira (29). 

Em relatório, os analistas Vinicius Strano, Isabella Lamas e Lucca Blasi avaliam que a companhia dona das Havaianas já realizou uma reviravolta de sucesso no Brasil e que agora eles veem um plano de ação concreto para a melhoria internacional. 

“Também vemos um ambiente mais favorável para a Havaianas na Europa, com crescimento de vendas de dois dígitos em junho e um crescente interesse do consumidor pela marca nos principais países da União Europeia”, afirmaram os analistas. 

Negociadas fora do Ibovespa (IBOV), as ações encerraram a sessão desta segunda-feira (1º) com alta de 2,95%, a R$ 9,78. Na máxima intradia, ALPA4 registrou avanço de 4,74% (R$ 9,95). 

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Os 5 motivos para comprar ALPA4

Na revisão, os analistas apontam cinco motivos para comprar as ações da Alpargatas agora. 

O primeiro deles é que a estratégia de otimização no Brasil já está gerando resultados sólidos, com as margens Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) no caminho para superar os níveis históricos. 

A equipe do UBS também aponta que há um caminho mais claro para a rentabilidade nos mercados Internacionais, após o recente acordo de distribuição assinado nos Estados Unidos. Isso, nas contas do banco, deve elevar as margens Ebitda Internacionais de 1,4% para 6,8% em 2025 e para 10,2% entre 2026 e 2027. 

O terceiro motivo está relacionado à remuneração aos acionistas. Para os analistas do banco, os dividendos estão “atrativos” depois da proposta de redução de capital —  de  R$ 850 milhões, anunciada logo após os resultados do segundo trimestre (2T25). 

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A possível venda da Rothy’s é apontada como o quarto motivo para a elevação da recomendação. Para os analistas, a participação de 49% detida pela Alpargatas é totalmente irrelevante para os lucros —  já que corresponde a aproximadamente 5% das previsões de lucro da companhia. 

Eles, porém, consideram que com uma posição de caixa líquido de US$ 160 milhões e sinais de melhoria operacional apesar das tarifas, a Rothy’s pode ter um valor oculto. 

“O potencial de valorização pode vir do reconhecimento de seu valor pelo mercado ou de alternativas estratégicas (como uma venda) assim que a opção de compra da Alpargatas expirar, em dezembro de 2025”, dizem os analistas em relatório. 

Os analistas também destacam as tendências “saudáveis” e recorrentes do Fluxo de Caixa Livre (FCF) no curto prazo. 

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“Margens mais fortes no Brasil, a melhoria das operações internacionais, e a necessidade limitada de capex e capital de giro devem apoiar um FCF saudável e dividendos”, diz o relatório. 

Já está no preço? 

Para os analistas do UBS, o mercado já precificou a recuperação da companhia no Brasil, um pouco da “reviravolta” internacional e nada da possível venda da Rothy’s. 

Com esse cenário, o valuation da companhia é considerado “modesto” pela equipe do banco. 

As ações ALPA4 são negociadas a um múltiplo de 11 vezes o preço/lucro (P/L) projetado no final de 2026. Já o preço-alvo do UBS se traduz em um múltiplo de 12 vezes P/L, apoiado por um fluxo de caixa descontado (DCF, na sigla em inglês). 

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O banco também estima um rendimento de dividendo (dividend yield) de 14% nos próximos 12 meses, com um pagamento extraordinário de R$ 850 milhões até dezembro deste ano. 

Expectativas 

Com a revisão da Alpargatas, os analistas preveem um Ebitda ajustado de R$ 770 milhões em 2025, R$ 905 milhões em 2026 e R$ 1 bilhão em 2027. 

“No Brasil, a margem Ebitda” já se recuperou para aproximadamente 21% em 2024 (excluindo baixas contábeis) e deve ultrapassar 22% em 2025. A eficiência de custos e a otimização do sortimento podem gerar ganhos adicionais”, afirmaram os analistas Vinicius Strano, Isabella Lamas e Lucca Blasi em relatório.

No longo prazo (2029), a margem de Ebitda consolidado deve atingir 20,8%, sendo 23,9% do Brasil e 12,9% do segmento internacional. 

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A equipe do UBS também estima que o segmento internacional passe de um prejuízo de R$ 160 milhões em 2025 para lucro de R$ 15 milhões neste ano. Para 2026, a expectativa é de um lucro de R$ 87 milhões e para o ano seguinte, de R$ 147 milhões. 

O banco ainda espera um rendimento recorrente de FCF entre 8% a 13% a partir de 2025.

O investimento (capex) deve se manter em cerca de 4,5% da receita, com necessidades modestas de capital de giro.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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