Invasão da Ucrânia

Ucrânia diz que tropas resistem em Sievierodonetsk após destruição de última ponte

14 jun 2022, 9:00 - atualizado em 14 jun 2022, 9:00
Ucrânia
A Ucrânia diz que mais de 500 civis estão presos dentro de uma fábrica de produtos químicos em uma zona industrial da cidade, onde suas forças têm resistido a semanas de bombardeios e ataques russos (Imagem: Ministério da Defesa Russo/Divulgação via Reuters)

A Ucrânia disse nesta terça-feira que suas forças ainda estão resistindo dentro de Sievierodonetsk e tentando retirar civis, depois que a Rússia destruiu a última ponte para a cidade devastada no leste em um potencial ponto de virada em uma das batalhas mais sangrentas da guerra.

“A situação é muito difícil, mas há comunicação com a cidade”, apesar da destruição da última ponte sobre o rio Siverskyi Donets, afirmou o prefeito ucraniano de Sievierodonetsk, Oleksandr Stryuk. “As tropas russas estão tentando invadir a cidade, mas os militares estão se mantendo firmes.”

A Ucrânia diz que mais de 500 civis estão presos dentro de uma fábrica de produtos químicos em uma zona industrial da cidade, onde suas forças têm resistido a semanas de bombardeios e ataques russos.

As retiradas ainda estão sendo realizadas “a cada minuto quando há uma calmaria e há possibilidade de transporte”, disse Stryuk. “Mas são retiradas discretas, feitas uma a uma, e todas as chances possíveis são aproveitadas.”

Ambos os lados afirmam ter infligido enormes baixas ao inimigo nos combates pela cidade, o principal alvo da Rússia em sua batalha pelo leste depois que não conseguiu capturar a capital da Ucrânia, Kiev, em março.

A Ucrânia ainda detém Lysychansk, a cidade gêmea de Sievierodonetsk em um terreno mais alto na margem oposta. Mas com todas as pontes agora cortadas, suas forças reconhecem o risco de serem cercadas se permanecerem. Os representantes separatistas da Rússia disseram que quaisquer tropas ucranianas deixadas para trás precisam se render ou serão mortas.

Damien Megrou, porta-voz de uma unidade de voluntários estrangeiros que ajudam a defender Sievierodonetsk, afirmou que existe o risco de deixar “um grande bolsão de defensores ucranianos isolados do resto das tropas ucranianas” –como em Mariupol, que caiu em maio após meses de cerco russo.

A batalha por Sievierodonetsk –uma cidade de pouco mais de 100.000 pessoas antes da guerra– é agora o maior combate na Ucrânia.

Kiev disse que está perdendo impressionantes 100 a 200 soldados mortos a cada dia, com centenas de feridos. Em um discurso noturno, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, descreveu a batalha pela região de Donbas, no leste, como uma das mais brutais da história europeia.

A Rússia não fornece números regulares de suas próprias perdas, mas os países ocidentais dizem que foram enormes, já que Moscou comprometeu a maior parte de seu poder de fogo para cumprir um dos objetivos declarados do presidente Vladimir Putin: forçar Kiev a ceder todo o território de duas províncias no leste.

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