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Ultrapar (UGPA3) tem bom resultado para trimestre desafiador, mas analistas preferem outra ação

10 nov 2022, 13:53 - atualizado em 10 nov 2022, 13:53
Ultrapar
Apesar dos resultados acima do esperado, analistas não estão confiantes em recomendar “compra” para Ultrapar (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

A Ultrapar (UGPA3) surpreendeu analistas com seus resultados, que superaram as estimativas.

O grupo, com atuação em setores de distribuição de combustíveis e gás, mostrou um bom resultado para um trimestre desafiador, avalia o Bradesco BBI.

A companhia reportou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente de R$ 890 milhões no terceiro trimestre do ano, superando em 34% as expectativas da casa e 9% as projeções do consenso do mercado.

O resultado foi impulsionado por margens acima do esperado para a Ipiranga, além de números mais fortes da Ultragaz.

O ROIC (retorno sobre capital investido) anualizado caiu para 8,5%, mas o BBI acredita que essa deterioração é comum em todo o setor.

“O peso das perdas de estoque reportadas não deve ser totalmente compensado por uma redução do capital investido. No entanto, no quarto trimestre de 2022, já devemos ver uma grande recuperação, com margens melhores em função da menor volatilidade dos preços dos combustíveis”, comenta.

O Santander, em relatório publicado nesta quarta-feira (9), pontua que as habilidades da Ultrapar de aumentar a rentabilidade de distribuição de combustíveis para algo próximo aos pares e perseguir oportunidades de crescimento para se posicionar melhor no processo de transição energética no Brasil são os principais drivers que o mercado continuará monitorando daqui em diante.

Bons resultados, mas a ação…

Apesar dos resultados acima do esperado, analistas não estão confiantes em recomendar “compra” para Ultrapar.

O Santander está com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 16,50, enquanto o BBI indica preferência por Vibra Energia (VBBR3).

“Com UGPA3 sendo negociada a 10,7 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2023, preferimos a exposição ao setor via Vibra a 10,1 vezes P/L com níveis de ROIC mais altos”, explica.

O Bank of America (BofA), que também teve suas estimativas superadas, optou pela manutenção do rating “neutro”, com preço-alvo de R$ 17.

Embora continue vendo um bom potencial no case de investimento, o banco quer ter mais confiança com a sustentabilidade das margens fortes.

“Também gostaríamos de ter mais visibilidade na estratégia de alocação de capital daqui para frente, já que a redistribuição dos recursos da venda de ativos provavelmente serão peça-chave para definir o crescimento de longo prazo do [grupo] Ultra”, completa o BofA.

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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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