Usinas de açúcar da Índia correm para fechar exportações diante de alta no preço

Usinas de açúcar da Índia fecharam contratos para exportação de 4,3 milhões de toneladas até agora na safra 2020/21, que termina em 30 de setembro, disse uma associação do setor nesta quarta-feira, em meio a um rali nos preços globais do adoçante para máxima de quatro anos e um subsídio que torna as vendas externas mais lucrativas.

Exportações maiores no segundo principal produtor de açúcar do mundo poderiam limitar os ganhos nos preços globais, que têm sido sustentados pela menor produção da Tailândia, segundo maior exportador global.

As exportações devem ajudar a Índia a reduzir estoques enquanto apoiam os preços domésticos do adoçante, o que é visto como crucial para permitir que milhões de produtores de cana recebam os preços definidos pelo governo.

“Cerca de 4,3 milhões de toneladas em contratos de exportação já foram assinados”, disse a Associação Indiana de Usinas de Açúcar (Isma) em comunicado.

“Esse é um grande feito, especialmente porque esses contratos foram assinados em apenas dois meses e meio, uma vez que as cotas de exportação foram alocadas pelo governo em 31 de dezembro de 2020”, acrescentou.

Do total desses contratos, já foram embarcados o equivalente a 2,2 milhões de toneladas de açúcar, segundo a Isma.

O país aprovou um subsídio de 5.833 rúpias (80,38 dólares) por tonelada para até 6 milhões de toneladas em exportações neste ano.

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A índia tem vendido seu açúcar principalmente para Indonésia, Dubai, Sri Lanka e países africanos, disse um comerciante de uma empresa global de trading.

“Uma escassez de contêineres e maiores custos de frete estão limitando as exportações indianas”, afirmou essa pessoa.

As usinas indianas produziram 25,87 milhões de toneladas de açúcar no atual ano-safra, quase 20% a mais frente à temporada anterior, segundo a Isma.