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Usinas poderão voltar a subir preços de aço plano no Brasil em outubro

18 ago 2020, 12:47 - atualizado em 18 ago 2020, 12:47
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Os estoques dos distribuidores terminaram julho em 828,2 mil toneladas, queda de 3,2% ante junho (Imagem: Reuters)

Os produtores de aços planos no Brasil poderão voltar a elevar preços da liga em outubro, após reajustes de 10% em média entre agosto e setembro, se o atual cenário de oferta e demanda e de câmbio se mantiver, disse nesta terça-feira o presidente da entidade que representa distribuidores, Inda, Carlos Loureiro.

Segundo ele, o “prêmio”, a diferença de preço do aço vendido no Brasil e o importado, está perto do zero e a produção das usinas, que religaram recentemente fornos paralisados pela pandemia, não está conseguindo atender à demanda imediata.

“Mantido o atual panorama de preços lá fora…E mantido o dólar como está, poderá haver um novo aumento em outubro”, acrescentou.

Ele comentou que as usinas precisam de 20 a 30 dias para que seus altos fornos religados voltem a operar plenamente, enquanto a demanda por aço de setores como construção civil, energia eólica, equipamentos rodoviários e máquinas agrícolas, além de eletrodomésticos “está muito alta”.

Em julho, as vendas dos distribuidores de aço subiram 18,4% ante junho, para 344 mil toneladas. Na comparação com julho de 2019, as vendas subiram 19,4%, segundo o Inda. As compras dos distribuidores subiram 6,6% ante junho e 14,5% na comparação anual, para 316,7 mil toneladas.

Os estoques dos distribuidores terminaram julho em 828,2 mil toneladas, queda de 3,2% ante junho e volume suficiente para 2,4 meses de vendas. Historicamente, o nível dos estoques é baixo, segundo o Inda.

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“Mantido o atual panorama de preços lá fora…E mantido o dólar como está, poderá haver um novo aumento em outubro”, acrescenta o presidente da entidade (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A expectativa da entidade é que as vendas dos distribuidores de aços planos no Brasil em 2020 tenham alta de um dígito baixo sobre 2019, disse Loureiro. Para agosto, a previsão é de alta de 5% sobre o mês anterior.

“Se pegar as vendas de agosto, estamos praticamente zero a zero (acumulado do ano ante 2019). Como para frente esperamos um setembro e outubro bastante fortes (em vendas), isso faz com que imaginemos fechar com um dígito baixo ano a conta ano”, disse o presidente do Inda.

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