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Vale (VALE3): Tombo desta sexta (20) joga ação de volta aos R$ 62; veja recomendação de 3 analistas

20 out 2023, 19:49 - atualizado em 20 out 2023, 19:49
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Vale tem dia amargo na Bolsa com tombo do minério de ferro (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A Vale (VALE3) teve seu terceiro pregão seguido de forte queda. Abalada pelos preços do minério de ferro, a mineradora derreteu 2,70% na Bolsa, de volta à casa dos R$ 62.

Com isso, as ações fecharam a semana, marcada pela divulgação do relatório de produção e vendas do terceiro trimestre, com perdas acumuladas de aproximadamente 6%.

Entre julho e setembro de 2023, a mineradora registrou uma produção de 86,2 milhões de toneladas métricas de minério de ferro.

O volume reportado no período representa um avanço de 9,5% em relação ao segundo trimestre do ano e um recuo de 3,9% sobre o terceiro trimestre de 2022.

A produção de pelotas mostrou sinais de crescimento, chegando a 9,17 milhões de toneladas, avanço anual de 11,1%.

As vendas de finos e pelotas de minério de ferro aumentaram 6% ano a ano. Foram comercializados os estoques do primeiro semestre, enquanto que as condições favoráveis do mercado ajudaram a impulsionar os volumes.

Na unidade de metais básicos, a produção e a venda de cobre subiram, mas houve uma revisão para baixo do guidance para 2023, considerada o ponto negativo do relatório.

Os números de níquel vieram mais fracos em base anual, tanto na produção quanto nas vendas.

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Minério de ferro em queda pressiona Vale

Os contratos futuros do minério de ferro negociados nos mercados asiáticos caíram hoje em meio a preocupações renovados envolvendo a produção de aço e a crise persistente do setor imobiliário chinês.

Em Dalian, na China, o contrato mais negociado da commodity caiu 3,2%, para 839 iuanes (US$ 114,64) a tonelada.

Mesmo com as sinalizações de recuperação da segunda maior economia do mundo diante dos inúmeros estímulos anunciados pelo governo da China, existe ainda certa cautela em relação ao ritmo de retomada do mercado imobiliário do país.

Além disso, dados mais fracos que o esperado para a produção de aço chinês em setembro acendem um sinal amarelo sobre a dinâmica da liga metálica, principalmente após as siderúrgicas elevarem as taxas de utilização em meio à alta temporada de construção.

Além do minério de ferro, investidores repercutiram notícias envolvendo uma petição por indenização no valor de R$ 100 bilhões contra Vale, Samarco e BHP Brasil referentes ao rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015.

Ao mercado, a Vale soltou um comunicado afirmando não ter sido notificada e que apresentará seu posicionamento e defesa no processo judicial relativo ao pleito “em momento oportuno”.

Momento é para pânico com VALE3?

Mesmo com a semana negativa de Vale na Bolsa, aos poucos, analistas voltam a adotar uma postura mais otimista em relação à empresa.

O BB Investimentos fez recentemente uma atualização na tese da Vale, elevando a recomendação de “neutra” para “compra”, com um preço-alvo de R$ 94.

Apesar dos números neutros de produção e vendas, a instituição avalia que dados econômicos divulgados pela China e novas sinalizações de estímulos adicionais devem voltar a impulsionar o papel no curto prazo.

A Genial Investimentos enxerga melhorias operacionais para a Vale daqui para frente. Mesmo com um desempenho mais fraco do lado dos metais básicos, a corretora reconhece que a divisão possui um peso mais baixo na composição do Ebitda consolidado da mineradora.

A Genial tem recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 82,50 para o papel.

Por fim, o Itaú BBA, que reafirma o rating de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a compra”), gostou da prévia e está confortável com suas estimativas para o terceiro trimestre, com Ebitda estimado de US$ 4,6 bilhões para a empresa.

*Com informações da Reuters

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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