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Varejo: migração do consumo para meio online é um legado de 2020 para os próximos anos, diz BTG

24 nov 2020, 13:28 - atualizado em 24 nov 2020, 17:07
Além da forte performance do e-commerce, os números de julho a setembro deste ano sinalizaram recuperação das empresas após a forte contração vista no segundo trimestre (Imagem: Pixabay)

Empresas varejistas mostraram, em mais uma temporada de resultados, que o foco contínuo no desenvolvimento de canais digitais foi determinante para que muitos nomes do setor reportassem um bom desempenho no terceiro trimestre.

De acordo com o BTG Pactual (BPAC11), os balanços serviram para determinar algumas tendências positivas entre as companhias de varejo: além da forte performance do e-commerce, os números de julho a setembro deste ano sinalizaram recuperação após a forte contração vista no segundo trimestre e comprovaram a resiliência de segmentos beneficiados pelo coronavoucher (como as categorias alimentícia e de materiais de construção).

“Embora os números operacionais (GMV, receita líquida e Ebitda) não tenham representado uma grande surpresa para nossas estimativas, eles mostraram mais do que o primeiro vislumbre da tendência de recuperação à nossa frente”, comentaram os analistas Luiz Guanais e Gabriel Savi, em relatório divulgado ontem.

Legado

O BTG classificou a mudança das operações físicas para o meio virtual como um legado de 2020 que persistirá por anos a fio. O banco estima que o crescimento do e-commerce vai desacelerar nos próximos trimestres, mas não a ponto de se tornar irrelevante para as empresas.

“Ainda vemos o e-commerce como uma opção estrutural positiva, com uma tendência de consolidação persistente entre alguns vencedores, considerando sua participação pequena nas vendas totais de varejo e o foco maior das companhias em melhorar os níveis de serviços e aumentar os resultados das categorias vendidas”, afirmaram Guanais e Savi.

Magazine Luiza MGLU3
No curto prazo, o BTG reforçou sua preferência por MercadoLibre, Magazine Luiza, Arezzo e Lojas Quero-Quero (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Favoritas no curto prazo

Com o fim do coronavoucher, a renda do brasileiro deve sofrer pressão adicional no próximo ano, o que afetará o desempenho do setor. No entanto, as baixas taxas de juros, a consolidação de determinados segmentos, a mudança para o ambiente online e a recuperação do consumo deixam o BTG confiante com a performance de algumas empresas no curto prazo.

Por ora, o banco reforçou sua preferência por MercadoLibre (MELI), Magazine Luiza (MGLU3), Arezzo (ARZZ3) e Lojas Quero-Quero (LJQQ3), todas com recomendação de compra. O BTG defendeu o crescimento do e-commerce e a execução premium dessas empresas, que também contam com planos de expansão agressivos.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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