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Venezuela anuncia data de lançamento de bolívar digital

06 ago 2021, 10:38 - atualizado em 06 ago 2021, 10:42
Venezuela
Embora tenha sido feito o anúncio do bolívar digital, pouco se sabe sobre a CBDC até o momento, além de que a moeda digital irá circular junto com a moeda física (Imagem: Freepik/wirestock)

O governo venezuelano anunciou medidas que irão modificar o bolívar venezuelano, segundo o Decrypt. Em uma tentativa de controlar a inflação e implementar a soberania monetária, o governo do país afirmou que irá remover seis zeros de sua moeda nacional e lançar o bolívar digital.

Anunciado em fevereiro deste ano, o Banco Central da Venezuela afirmou, ontem (5), que o bolívar digital entrará em circulação a partir de 1º de outubro. A divulgação foi feita nos perfis da instituição financeira nas redes sociais e confirmada depois no site do Ministério da Economia e das Finanças.

Assim como o yuan digital da China, o bolívar digital pode ser considerado um exemplo de CBDC – sigla em inglês da expressão “moeda digital emitida por banco central”.

CBDCs são uma representação digital de uma moeda fiduciária emitida pelo banco central de determinado país. Apesar de serem moedas digitais, as CBDCs são diferentes do bitcoin (BTC), pois são centralizadas, ou seja, são controladas por uma instituição.

Concomitante ao lançamento do bolívar digital, o governo da Venezuela irá realizar a reconversão monetária, eliminando seis zeros de sua moeda. Após um reajuste de 289% em maio deste ano, o salário mínimo no país passou a ser de 7 milhões de bolívares venezuelanos.

No entanto, segundo o índice Cafe con Leche, um simples café na Venezuela custa 7.662.898 bolívares, pouco menos de US$ 2, mas, mesmo assim, mais que o salário mínimo.

A nova reconversão será a terceira em menos de quinze anos. No ano de 2007, o então presidente Hugo Chávez removeu três zeros da moeda. Em 2018, Nicolás Maduro, sucessor de Chávez, usou o lançamento do Petro –  criptomoeda do país – para eliminar cinco zeros do bolívar venezuelano.

No entanto, segundo o Decrypt, é pouco provável que a reconversão monetária e a CBDC gerem muitas modificações.

Em meio a períodos de hiperinflação, as políticas monetárias do país têm tentado retirar a economia desses ciclos, que podem apresentar melhorias com a introdução do bolívar digital.

De acordo com o Banco Central da Venezuela, a instituição financeira também está desenvolvendo um “novo Sistema de Câmbio de Mensagens Financeiras, um sistema de soberania gratuito, feito na Venezuela por venezuelanos, para promover a independência de sistemas estrangeiros em operações bancárias nacionais.”

Embora tenha sido feito o anúncio do bolívar digital, pouco se sabe sobre a CBDC até o momento, além de que a moeda digital irá circular junto com a moeda física. Cédulas com a nova reconversão já estão sendo emitidas, mas o salário mínimo continuará o mesmo.

A iniciativa de bancos centrais de diversos países para emitirem suas CBDCs tem crescido. A China é a nação que está mais avançada nesse setor, tendo seu yuan digital já totalmente integrado ao ecossistema de pagamentos do metrô de Pequim.

Além do país asiático, as Bahamas lançaram sua CBDC – a “sand dollar” – em outubro do ano passado. 

Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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