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Via Varejo: veja três cenários possíveis para a oferta de ações

09 jun 2020, 12:38 - atualizado em 09 jun 2020, 16:58
via varejo ponto frio
(Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

O anúncio, na semana passada, de que a Via Varejo (VVAR3) pretende emitir mais 220 milhões de ações levou os analistas do UBS a avaliarem como ficariam seus múltiplos em três cenários. A faixa de preços estimadas para a operação vai de R$ 12 a R$ 18 por ação, e o dinheiro obtido será usado pela varejista para fortalecer suas operações de e-commerce.

Para todos os cenários, o UBS adotou o preço médio de R$ 15, variando a quantidade de papéis emitidos e o desempenho das vendas de seus produtos. No cenário básico, a Via Varejo lançaria apenas o lote principal de ações. Neste caso, captaria R$ 3,3 bilhões.

A relação dívida líquida/ebitda seria de 3,6 vezes, em 2020, e 2,9 vezes, em 2021. Já a relação valor da empresa/vendas ficaria em 1 vez, em 2020, e 0,9 vez em 2021. O múltiplo P/L (preço-lucro) seria de 38,3 vezes neste ano e de 29,1 vezes no ano que vem.

No segundo cenário, o UBS acrescenta um lote suplementar de 77 milhões de ações à oferta principal. Nesta situação, a relação dívida líquida/ebitda baixaria para 3 vezes, em 2020, e 2,5 vezes em 2021. A relação valor da empresa/vendas não mudaria, na comparação com o cenário básico. Já o P/L seria maior: 39,5 vezes (2020) e 29,7 vezes (2021).

No terceiro cenário, o UBS se concentrou em aplicar descontos de 5% a 30% nas vendas previstas em 2021, devido ao impacto da pandemia de coronavírus que ainda pode atrapalhar a companhia. Para um desconto de 5%, a relação valor da empresa/vendas subiria de 0,9 vez para 0,95 vez. Com um desconto de 10%, o múltiplo passaria para 1 vez; e, com 30%, chegaria a 1,29 vez.

Concorrentes bem estabelecidos

Gustavo Piras Oliveira, Gabriela Katayama e Rodrigo Alcantara, que assinam o relatório obtido pelo Money Times, afirmam que “a nova gestão faz um bom trabalho, ao buscar investimentos guiados pela tecnologia em um ritmo rápido”.

O trio acrescenta, porém, que a Via Varejo “compete com três grandes, e mais estabelecidas plataformas que vivem um momento operacional melhor”. Essas plataformas, segundo o UBS, negociam a múltiplos entre 4 vezes e 13 vezes o valor da empresa/vendas. O banco lembra que a Best Buy, tradicional no ramo de varejo de eletroeletrônicos, é negociada por 0,45 vez.

Por tudo isso, o UBS reiterou sua recomendação neutra para os papéis da Via Varejo, com preço-alvo de R$ 17, representando uma alta potencial de 14,5% sobre a cotação usada como referência pelo banco.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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