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Vitreo lança ETF de cripto ‘dinâmico’ e fala em oportunidade em meio ao pânico do mercado

12 maio 2022, 18:24 - atualizado em 13 maio 2022, 12:17
lançamento do ETF da Vitreo
Vitreo chegou ao ETF CRPT11 com “muita conversa e provocação com a Teva Indices”, disse Jojo. (Money Times)

Prestes a mudar de nome para Empiricus Investimentos, a Vitreo lançou nesta quinta-feira (12) o fundo de índice (ETF) “CRPT11”, produto com exposição aos 20 principais criptoativos do mundo.

A B3 já negocia fundos como HASH11, da gestora Hashdex, e QBTC11, administrado pela QR Asset. No entanto, nenhum dos produtos disponíveis no país tem rebalanceamento mensal.

O fundo da Vitreo é também o primeiro a ter como referencial o Teva Criptomoedas Top20, composto pelos ativos mais valorizadas do mercado cripto.

Ao Money Times, o CEO da Vitreo Gestão, George Wachsmann, destacou que o CPRT11 é o primeiro ETF cripto baseado em um índice brasileiro. “É um índice mais robusto do que o HASH11”, disse o executivo, citando o primeiro do segmento no país.

Pânico cripto

O lançamento da gestora acontece em um momento de pânico no mercado cripto, em decorrência da perda do lastro em dólar da Tether (USDT) – a maior stablecoin do mundo – e da maior aversão ao risco das bolsas globais, com a alta dos juros nos Estados Unidos.

Nesta quinta, o bitcoin chegou a atingir US$ 26,3 mil nas primeiras horas do dia. 

Wachsmann, da Vitreo, avalia a crise do segmento como uma “oportunidade”. “Você está em um patamar de preço menor do que o início do ano passado, quando estava em US$ 30 mil”, lembra.

“É melhor lançar agora o ETF do que com o preço a US$ 70 mil”, afirma, destacando que o CRPT11 foi gestado por nove meses.

“Na Vitreo, a gente está acostumado a fazer fundo rápido. O último foi em quatro dias”, conta o CEO da Vitreo Gestão. “Era um pouco uma loteria [saber como estaria o mercado no momento do lançamento do fundo]”.

Casa com cerca de R$ 14 bilhões em custódia, a Vitreo é conhecida no mercado por disponibilizar investimentos alternativos – que cresceram com a migração do investidor para a renda variável.

Entre os produtos hoje disponibilizados pela gestora está o Vitreo Blockchain Ações – que aplica apenas em papéis de empresas que usam a tecnologia Blockchain como um diferencial competitivo.

Exposição do CRPT11

Segundo Jojo, como o executivo é conhecido no mercado, a Vitreo chegou ao ETF CRPT11 com “muita conversa e provocação com a Teva Indices”, provedora de índices para o mercado de ETFs brasileiro.

“Em uma classe de ativos tão volátil, é muito importante ter o rebanceamento mensal”, afirmou o executivo. “Esse é o ETF em cima do melhor índice”.

O CEO da Vitreo Gestão disse que o CRPT11 é produto para o longo prazo e, inclusive, para quem ainda não tem exposição ao mercado cripto. “Hoje há mais de quatro milhões de CPFs na Bolsa. Qualquer um pode comprar”.

O saldo mínimo de permanência do novo ETF lançado hoje é de R$ 10, com valor da cota e patrimônio líquido em R$ 9,62 e R$ 65 milhões, respectivamente. A taxa de administração é de 0,75% ao ano, segundo a gestora.

A empresa informa que o prazo de aplicação e o de pagamento de resgate é de dois dias cada.

O CRPT11 é o 85º fundo criado pela Vitreo – foram oito lançados só neste ano.

“A gente cobre quase que todo o espectro [do mercado]”, diz Jojo. Ele adianta que a empresa planeja novos produtos em crédito privado, no mercado de vinho e em renda fixa no Brasil.

“Onde aparecer oportunidade, a gente vai atrás”, afirma.

A Vitreo tem avançado na disponibilização de produtos em um momento de integração com o BTG Pactual.

O banco acertou a compra do grupo Empiricus em maio do ano passado, em uma transação de R$ 400 milhões à vista, mais R$ 250 milhões em units do banco e ainda uma parcela variável – condicionada a metas financeiras e operacionais nos próximos quatro anos.

Composição CRPT11:

  • Bitcoin — 58,1%
  • Ethereum — 25,6%
  • Cardano — 2,7%
  • Solana — 2,5%
  • Polkadot — 1,7%
  • Terra — 1,6%
  • Avalanche — 1,4%
  • Coin — 0,9%
  • Polygon — 0,9%
  • Chainlink — 0,6%
  • Cosmos — 0,6%
  • Algorand — 0,5%
  • TRON — 0,5%
  • Uniswap — 0,4%
  • Fantom — 0,4%
  • Stellar — 0,4%
  • Internet Computer — 0,3%
  • Axie Infinity — 0,3%
  • Sandbox — 0,3%
  • Decentraland — 0,3%

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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