Setor Aéreo

Voa Brasil: Passagens a R$ 200 já tem previsão para estar disponível; veja quando

11 abr 2023, 11:00 - atualizado em 11 abr 2023, 12:26
Viagens de avião Passagens a R$ 200
Passagens a R$ 200 devem vigorar a partir do segundo semestre de 2023 (Imagem: L.Filipe C.Sousa/Unsplash)

O programa do governo de passagens a R$ 200 deverá começar a funcionar a partir de agosto desse ano, segundo noticiou o jornal O Globo. A previsão foi dada pelo Ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França.

O programa “Voa Brasil” será voltado para aposentados, pensionistas, estudantes e pessoas de baixa renda. O objetivo do ministro é aumentar o acesso da população ao transporte aéreo, ocupando lugares vazios nos voos, a preços populares.

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Companhias aéreas enxergam com bons olhos a possibilidade. Procurada pelo Money Times, a Gol afirmou que está sempre à disposição para contribuir com o governo na viabilização de um projeto que amplie ainda mais o acesso da população ao transporte aéreo.

Sendo assim, disse ainda que participará com a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) e Secretaria de Aviação Civil de um grupo de trabalho para aprofundar o tema nos próximos meses.

“O setor aéreo está se recuperando da maior crise da história e políticas públicas que tenham como objetivo o crescimento e o desenvolvimento do turismo são muito bem-vindas”, disse a companhia.

Em linha, a Azul comentou que vê com como positiva a iniciativa apresentada para incentivar o acesso de mais brasileiros ao transporte aéreo. “A companhia já está participando do grupo de trabalho do Ministério de Portos e Aeroportos e colaborando com o desenvolvimento do projeto”, afirmou.

A Latam afirmou querer “que mais pessoas viajem de avião no Brasil. Por isso, está à disposição para analisar, propor e viabilizar iniciativas que continuem ampliando o acesso da população ao transporte aéreo”.

Como vai funcionar as passagens a R$ 200

Quando anunciado pela primeira, em entrevista ao jornal Correio Braziliense, França explicou que o governo não irá subsidiar estas passagens, mas atuará como um intermediador entre as companhias aéreas para que valores populares possam ser aplicados.

Desta forma, aposentados e pensionistas da previdência poderão realizar a compra, bem como estudantes e todos os servidores públicos, com salário de até R$ 6.800. Ainda, explicou que serão duas passagens por ano.

“Cada usuário terá direito a duas passagens por pessoa por ano. Você pode comprar para você e para sua esposa, para você e para o seu filho. Ou seja, duas idas e voltas para qualquer lugar, quatro pernas por R$ 200 cada, R$ 800 em 12 prestações de R$ 72. Essa é a meta. Tira dezembro, janeiro e julho. São 14 a 15 milhões de passagens ao ano por R$ 200”, disse ao jornal.

Questionado sobre quem faria a venda, explicou que poderia ser por meio dos aplicativos da Caixa Econômica ou Banco do Brasil, visto que o público para o qual o programa será destinado são pessoas que já têm a renda vinculada ao Governo, com exceção dos estudantes. Neste caso, aponta que será necessário desenvolver um mecanismo de financiamento.

“No fundo, isso já existiu. A Caixa Econômica fez isso, muito tempo atrás. Um programa chamado Melhor Viagem, destinado a idosos. Conversei com a presidente da Caixa, acho que vai ser fácil. O que importa é a decisão política e as três (companhias) têm que querer. Nós só temos três: Azul, Gol e TAM, pode ser que alguma não se interesse, mas acho difícil”, disse ao jornal.

Assunto já foi tema de bronca

Em uma reunião ministerial em 14 de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu um puxão de orelha público nos ministros.

“É importante que nenhum ministro ou nenhuma ministra anuncie publicamente qualquer política pública sem ter sido acordado com a Casa Civil, que é quem consegue fazer que a proposta seja do governo”, disse Lula em discurso na abertura do encontro. “Nós não queremos proposta de ministro.”

A bronca foi vista como uma indireta para França. Após o comentário sobre a proposta, representantes de companhias aéreas teriam entrado em contato com o governo para entender como seria esse programa e se teria algum tipo de subsídio.

Isso teria deixado Lula irritado, porque é uma proposta que ainda não passou pela análise das áreas econômicas para entender se é um programa viável ou não.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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