Economia

Sobe-e-desce das ações passa de inimigo a amigo do mercado, diz JPMorgan

15 abr 2020, 8:06 - atualizado em 15 abr 2020, 8:57
JPMorgan
A queda em março reverteu cerca de metade das vendas anteriores dos fundos de paridade de risco equivalentes a cerca de US$ 90 bilhões em títulos US$ 30 bilhões em ações e US$ 30 bilhões em commodities, disse o JPMorgan (Imagem: Reuters/Mike Segar)

Na visão do JPMorgan Chase, a volatilidade das ações e da renda fixa diminuiu para níveis que poderiam impulsionar os mercados em vez de estimular mais turbulência.

As oscilações começam a diminuir em resposta às medidas de bancos centrais e governos com pacotes de estímulo sem precedentes para amortecer o impacto econômico do Covid-19.

Isso tem melhorado as condições nos mercados de financiamento, a liquidez e a desalavancagem por investidores sensíveis ao valor em risco – três áreas-chave para a volatilidade -, segundo a equipe de estrategistas liderada por Nikolaos Panigirtzoglou.

“Após a deterioração do funcionamento do mercado e da liquidez em março, com condições de liquidez em alguns mercados piores do que durante a crise financeira, existem alguns sinais preliminares de melhora da liquidez nas classes de ativos”, escreveu Panigirtzoglou.

O índice de volatilidade Cboe, ou VIX, fechou abaixo de 40 na terça-feira, depois de ter atingido 85 no período mais caótico do mês passado.

O índice ICE BofA MOVE, que mede oscilações nas opções dos Treasuries, encerrou pouco abaixo de 70 na terça-feira, depois de ter ultrapassado 160 em 9 de março.

A queda desde o final de março reverteu cerca de metade das vendas anteriores dos fundos de paridade de risco equivalentes a cerca de US$ 90 bilhões em títulos, US$ 30 bilhões em ações e US$ 30 bilhões em commodities, disse o JPMorgan.

A emissão doméstica de títulos corporativos com grau de investimento nos EUA subiu em março para mais de US$ 190 bilhões, mais do que o dobro da máxima anterior nas últimas duas décadas.

E a reabertura do mercado primário de títulos corporativos de alto rendimento aumenta as expectativas de que o ciclo de inadimplência da dívida possa ser muito menos grave do que na recessão anterior.

A profundidade e a liquidez do mercado também se recuperam, embora em ritmos diferentes em distintas classes de ativos, de acordo com o relatório.

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