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Volta da crise? Fundo imobiliário da XP pede despejo de varejista por atraso de aluguel; Ifix na máxima histórica

08 fev 2024, 12:38 - atualizado em 08 fev 2024, 12:38
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Índice de fundos imobiliários sobe pelo terceiro dia e alcança novas máximas históricas; FII da XP vai à justiça por atraso de aluguel

O índice de fundos imobiliários (Ifix) opera em alta pelo terceiro pregão seguido nesta quinta-feira (08), renovando máximas históricas no movimento intradiário.

Com isso, por volta das 12h35 (de Brasília), o Ifix tinha leve alta de 0,04%, aos 3.341 pontos.

Contudo, mais cedo, o índice chegou a 3.346 pontos, em seu maior patamar, renovando o pico de 3.341 pontos, alcançado durante o pregão de 22 de janeiro.



Entre os mais de 100 FIIs listados, o XP Properties (XPPR11) liderava as altas com folga ao disparar 19%. O fundo divulgou ontem o seu relatório gerencial de janeiro.

O analista da Empiricus Research, Pedro Niklaus, explica que o XPPR11 passa por um processo concorrencial para a venda parcial ou integral de ativos para honrar o seu passivo financeiro. Segundo ele, provavelmente, esse processo resultará em amortização de parte das cotas.

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“No relatório gerencial, a gestão do FII sinaliza que deve receber propostas pelos imóveis até o fim da próxima semana. Daí, avaliará a possibilidade de convocar uma assembleia para deliberar sobre os valores ofertados, com perspectivas de trazer algo mais concreto ainda no primeiro semestre”, comenta.

Niklaus destaca que a possibilidade de amortização parcial das cotas nos próximos meses chama a atenção do mercado, tendo em vista que o XPPR11 é negociado com 67% de desconto em relação ao seu valor patrimonial.

“Ou seja, o potencial valor a ser recebido pela venda dos ativos está acima do valor de mercado do fundo atualmente. Tem um ganho legal a ser realizado se tais vendas forem concretizadas”, acrescenta.

Em contrapartida, o Devant Recebíveis (DEVA11) registrava a maior queda, de 4,1%, em correção ao avanço de 9,47% na véspera.

Ontem, o DEVA11 divulgou a distribuição de rendimentos deste mês. Sendo assim, os cotistas posicionados na véspera receberão dividendo de R$ 0,62 por cota em 16 de fevereiro. O montante é 47,6% acima em relação ao pago no mês passado, de R$ 0,42.

Fundo imobiliário da XP pede despejo da Polishop

O fundo imobiliário XP Industrial (XPIN11) informou ao mercado que a Polishop está inadimplente com aluguéis.

Em comunicado, o fundo diz que a empresa de varejo está com “uma série” de aluguéis atrasados. A Polishop ocupa seis módulos de três galpões no empreendimento GLP Jundiaí I, no interior de São Paulo. O contrato de locação foi firmado em fevereiro de 2016.

Segundo o XPIN11, foram realizadas várias tentativas de comunicação e acordos na esfera extrajudicial. “Não obstante as tentativas extrajudiciais de auferir o adimplemento dos valores devidos e não pagos pela Polishop, não obtivemos um retorno favorável”, explica o fundo imobiliário gerido pela XP.

Sendo assim, “após o esgotamento das tratativas extrajudiciais”, o XP Industrial relata que contratou um assessor legal a fim de obter, por vias judiciais, o pagamento dos aluguéis.

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Desta forma, no quarto trimestre de 2023, foram propostas pelo XPIN11 a ação de despejo da Polishop por falta de pagamento, bem como a ação de execução por título extrajudicial.

Segundo o fundo, o aluguel mensal pago pela companhia é equivalente a R$ 0,04 por cota. Contudo, ao fim de janeiro, a inadimplência total alcançou R$ 0,30 por cota, incluindo eventuais encargos e penalidades.

Apresentando dificuldades financeiras, a grande varejista do ramo de eletrodomésticos passou por um processo de reestruturação no ano passado e fechou mais de 100 unidades em shoppings.

Além disso, a empresa acumula dezenas de processos no Tribunal de Justiça de São Paulo por falta de pagamento de aluguéis de lojas. As dívidas eram de R$ 9 milhões, cálculos de julho de 2023.

*As cotações citadas são do site Investing.com

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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