3 fatores impulsionam as ações de Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) hoje; entenda

As varejistas da Bolsa têm sessão de fôlego nesta terça-feira (9). Por volta das 11h, o setor saltava 2,79%, enquanto o Ibovespa (IBOV), subia 0,61% a 106.684 pontos.

As ações da Natura (NTCO3) lideram a ponta positiva do índice, com alta de 10,29%. Na sequência, Magazine Luiza (MGLU3) e Via Varejo (VIIA3) saltam 7,58% e 7,49%, respectivamente.

Grupo Soma (SOMA3), Assaí (ASAI3) e Petz (PETZ3) também estavam entre os destaques do setor, com valorizações de 4,61%, 4,20% e 4,01%, respectivamente.

Três fatores explicam a alta em bloco das varejistas, afirma o analista da Empiricus Research, Fernando Ferrer:

• Indicação positiva da ata do Copom sobre a inflação;
• Temporada de resultados; e
• Curva de juros.

Alívio na inflação

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, divulgada há pouco, mostrou que a autoridade monetária espera no segundo semestre uma queda relevante na inflação acumulada em 12 meses em função do efeito base do ano anterior.

A eventual queda do IPCA alivia a pressão das varejistas uma vez que tende a desalavancar as vendas, apontam analistas.

Resultados positivos no setor animam

Ferrer, da Empiricus, explica que os papéis da varejistas também são contagiados pelo ânimo do mercado com a Natura. “Estamos no meio da temporada de resultados, o que acaba gerando reações no mercado e um efeito mais técnico”, explica.

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De acordo com ele, quando saem resultados um pouco acima do esperado no setor, aqueles que estão shorteados em varejo desmontam a posição e compram os papéis, “criando um efeito positivo de alta”.

“Embora Natura tenha apresentado um resultado muito ruim, sobe 10% hoje por conta desse movimento técnico”, diz o analista.

Curva de juros fraca

O analista da Empiricus ainda destaca que o dia fraco para curva de juros impulsiona as varejistas. Hoje pela manhã, os vencimentos dos juros mais longos, de 2025 em diante, operavam em queda.

Mais tarde, às 11h10, os juros testavam alta, mas ainda na linha d’água. O contrato DI com vencimento em janeiro de 2029 zerava os ganhos, com a taxa em 11,99% ao ano.

Já os juros com vencimento em 2025 e 2027 subiam 0,38% e 0,13%, respectivamente.